Cai por terra um dos argumentos mais mentirosos dos saudosistas da
ditadura civil-militar no Brasil: os militares não eram corruptos. Por mais que
seja evidente a falsidade dessa premissa, sempre quando surge o debate sobre
aquele período vêm à tona falas como “mas naquele tempo não tinha corrupção”.
O major farmacêutico Erimar Pinheiro Moreira, relata em vídeo gravada
para o Instituto João Goulart, como os estadunidenses compraram o apoio ao
golpe de 1964 de militares contrários aos interesses dos EUA e do capital
internacional.
Segundo conta, ele presenciou a negociação de apoio do general Amaury
Kruel, então ministro da guerra de João Goulart. Às vésperas do golpe, Kruel
havia garantido que o presidente do Brasil não sofreria um golpe. Após o
“estímulo”, mudou de ideia.
Mesmo quem sente saudades daquele tempo, reconhece a interferência do
Tio Sam no processo político brasileiro. Mesmo quem adora um coturno, sabe e
reconhece (se houver honestidade intelectual) que grandes grupos do país só o
são pela “mão amiga” dos generais e da CIA. A Globo é a maior beneficiada dessa
“amizade”.
Não custa repetir: a Globo só é poderosa como está por causa do golpe
civil-militar de 1964.
O vídeo do Major Erimar Pinheiro Moreira deve servir de ajuda aos
trabalhos da Comissão da Verdade para elucidar de uma vez por todas o real
papel dos EUA no golpe de 1964. Postura que aquele país jamais abandonou, vide
as mais recentes denúncias de espionagem e suas guerras no Oriente Médio para
“defender a democracia”.
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