quarta-feira, 11 de março de 2020

Bolsonaro é um "macho" de meia tigela. É frágil, quebradiço, fugidio. Nada tem em si de masculino. É um afetado inseguro de si próprio ! ! !

Jair Messias Bolsonaro é a parte podre de um país adoecido

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Paulo Brondi
Promotor Público do Estado de Goiás

Bolsonaro é um cafajeste. Não há outro adjetivo que se lhe ajuste melhor. Cafajestes são também seus filhos, decrépitos e ignorantes. Cafajeste é também a maioria que o rodeia.

Porém, não é só. E algo que se constata é pior. Fossem esses os únicos cafajestes, o problema seria menor. 

Mas, quantos outros cafajestes não há neste país que veem em Bolsonaro sua imagem e semelhança?

Aquele tio idiota do churrasco, aquele vizinho pilantra, o amigo moralista e picareta, o companheiro de trabalho sem-vergonha…

Bolsonaro, e não era segredo pra ninguém, reflete à perfeição aquele lado mequetrefe da sociedade.

Sua eleição tirou do armário as criaturas mais escrotas, habitués do esgoto, que comumente rastejam às ocultas, longe dos olhos das gentes.

Bolsonaro não é o criador, é tão apenas a criatura dessa escrotidão, que hoje representa não pela força, não pelo golpe, mas, pasmem, pelo voto direto. Não é, portanto, um sátrapa, no sentido primeiro do termo.

Em 2018 o embate final não foi entre dois lados da mesma moeda. Foi, sim, entre civilização e barbárie. A barbárie venceu. 57 milhões de brasileiros a colocaram na banqueta do poder.

Elementar, pois, a lição de Marx, sempre atual: "não basta dizer que sua nação foi surpreendida. Não se perdoa a uma nação o momento de desatenção em que o primeiro aventureiro conseguiu violentá-la".

Muitos se arrependeram, é verdade. No entanto, é mais verdadeiro que a grande maioria desse eleitorado ainda vibra a cada frase estúpida, cretina e vagabunda do imbecil-mor.

Bolsonaro não é "avis rara" da canalhice. Como ele, há toneladas Brasil afora.

A claque bolsonarista, à semelhança dos "dezembristas" de Luís Bonaparte, é aquela trupe de "lazzaroni", muitos socialmente desajustados, aquela "coterie" que aplaude os vitupérios, as estultices do seu "mito". Gente da elite, da classe média, do lumpemproletariado.

Autodenominam-se "politicamente incorretos". Nada. É só engenharia gramatical para "gourmetizar" o cretino.

Jair Messias é um "macho" de meia tigela. É frágil, quebradiço, fugidio. Nada tem em si de masculino. É um afetado inseguro de si próprio.

E, como ele, há também outras toneladas por aí.

O bolsonarismo reuniu diante de si um apanhado de fracassados, de marginais, de seres vazios de espírito, uma patuléia cuja existência carecia até então de algum significado útil. Uma gentalha ressentida, apodrecida, sem voz, que encontrou, agora, seu representante perfeito.
 
O bolsonarismo ousou voar alto, mas o tombo poderá ser infinitamente mais doloroso, cedo ou tarde.
 
Nem todo bolsonarista é canalha, mas todo canalha é bolsonarista.
 
 
Jair Messias Bolsonaro é a parte podre de um país adoecido.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Um momento RARO de um político brasileiro ! ! !

 

Jornalistas OFENDIDOS pelo fascista REAGEM ! ! !


Após sofrerem inúmeras humilhações, alguns profissionais da imprensa finalmente começam a reagir ao “capetão” fascista. Jornalistas que fazem a cobertura diária da saída de jair bolso-bosta do Palácio da Alvorada viraram as costas e deixaram o local após o capitão escalar o humorista Márvio Lúcio, o Carioca, vestido de presidente, para comentar o crescimento pífio do Produto Interno Bruto (PIB)”, na manhã de ontem (dia 4).
 
NOTA DO SJPDF SOBRE O FATO

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O Sindicato dos Jornalistas e das Jornalistas Profissionais do Distrito Federal repudia mais essa atitude desrespeitosa do presidente da República em relação aos profissionais do Jornalismo e toda a sociedade.

Os profissionais estavam, na manhã desta quarta (4/3), em frente ao Palácio da Alvorada, aguardando o presidente Jair Bolsonaro para entrevistá-lo sobre o resultado pífio do PIB no ano passado, divulgado também nesta quarta-feira.

No entanto, acompanhando o presidente estava um humorista, com faixa presidencial, que distribuiu bananas aos jornalistas. O humorista estava gravando um quadro para um programa de uma emissora. Jair Bolsonaro acompanhava o humorista, incentivou a chacota e se recusou a responder aos jornalistas.

O SJPDF execra tal atitude, que é a mais recente de uma série de posturas desrespeitosas e humilhantes por parte do presidente para com os profissionais que cobrem a portaria do Palácio. O acesso aos governantes é uma prerrogativa essencial ao trabalho dos jornalistas profissionais em sua missão perante à sociedade. Quando o jornalista está diante de uma autoridade, dirige perguntas e pede esclarecimentos a ela, o profissional representa toda a população - que não pode estar presente para fazer tais perguntas e pedidos de esclarecimentos pessoalmente. Assim, ao transformar jornalistas em alvos de chacota, o presidente Jair Bolsonaro desrespeita não somente os profissionais da imprensa, mas também a própria população que ele governa - que depende do trabalho do jornalista para se informar sobre as ações do governo.

Um país que não respeita os trabalhadores da imprensa e desconhece seu papel fundamental em informar a sociedade é um país com sua democracia em risco.

O Sindicato coloca ainda seu departamento Jurídico à disposição de todas e todos os colegas para medidas legais cabíveis, inclusive para evitar o uso da imagem em situação que possa ridicularizar os trabalhadores.


quarta-feira, 4 de março de 2020

Os rentistas, assim COMO o facista trump, VÃO perder ? ! ? ! ? !

Análise do economista Roubini: ''Os mercados estão completamente iludidos''
 
 
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Nouriel Roubini é um dos economistas mais importantes e enigmáticos do mundo. Ele previu corretamente o estouro da bolha imobiliária nos EUA, além da crise financeira de 2008, juntamente com as implicações de medidas de austeridade para a Grécia, carregada de dívidas. Roubini é famoso por seus prognósticos ousados, e agora, ele tem novos: ele acredita que o coronavírus levará a um desastre econômico global e que o presidente dos EUA, Donald Trump, como resultado, não será reeleito.
 
Ø  Qual a gravidade do surto de coronavírus para a China e para a economia global?
Essa crise é muito mais grave para a China e para o resto do mundo do que os investidores esperavam por quatro razões: primeiro, não é uma epidemia limitada à China, mas uma pandemia global. Segundo, está longe de terminar. Isso tem consequências enormes, mas os políticos não percebem isso.
 

Ø  Como assim?Basta olhar para o seu continente. A Europa tem medo de fechar suas fronteiras, o que é um grande erro. Em 2016, em resposta à crise dos refugiados, o Acordo de Schengen foi efetivamente suspenso, mas esta crise é ainda pior. As fronteiras italianas deveriam ser fechadas o mais rápido possível. A situação é muito pior do que a chegada de 1 milhão de refugiados à Europa.  
Ø  Quais são as duas outras razões?
Todo mundo acredita que será uma recessão em forma de V, mas as pessoas não sabem do que estão falando. Eles preferem acreditar em milagres. É uma conta simples: se a economia chinesa encolher 2% no primeiro trimestre, será necessário um crescimento de 8% nos três últimos trimestres para atingir a taxa de crescimento anual de 6%, que todos esperavam antes do vírus eclodir. Se o crescimento for de apenas 6% a partir do segundo trimestre, que é um cenário mais realista, veremos a economia chinesa crescendo apenas entre 2,5 e 4% durante o ano como um todo. Essa taxa significaria essencialmente uma recessão para a China e um choque para o mundo.

 
Ø  E seu último ponto?
Todo mundo pensa que os formuladores de políticas reagirão rapidamente, mas isso também está errado. Os mercados estão completamente iludidos. Veja a política fiscal: você pode tomar ações fiscais apenas em alguns países, como a Alemanha, porque outros, como a Itália, não têm margem de manobra. Mas, mesmo que você faça algo, o processo político exige muita conversa e negociação. Isso leva de seis a nove meses, o que é um tempo excessivamente longo. A verdade é que: a Europa precisaria de estímulo fiscal mesmo sem a crise da coronavírus. A Itália já estava à beira de uma recessão, assim como a Alemanha. Mas os políticos alemães nem sequer estão pensando em estímulo, apesar de o país estar tão exposto à China. A resposta política é uma piada - os políticos estão frequentemente atrasados. Essa crise transbordará e resultará em um desastre. 

 
Ø  Que papel os bancos centrais devem desempenhar?
O Banco Central Europeu e o Banco do Japão já estão em território negativo. É claro que eles poderiam reduzir ainda mais as taxas de depósitos a prazo para estimular empréstimos, mas isso não ajudaria os mercados por mais do que uma semana. Essa crise é um choque de oferta que você não pode combater com política monetária ou fiscal.
 
Ø  O que ajudará?
A solução precisa ser médica. As medidas monetárias e fiscais não ajudam quando você não tem segurança de alimentos e água. Se o choque levar a uma recessão global, você terá uma crise financeira, porque os níveis de endividamento aumentaram e o mercado imobiliário dos EUA está passando por uma bolha, como em 2007. Até agora, ainda não se tornou uma bomba-relógio porque temos crescido. Isso acabou agora.  Ø  Essa crise mudará a opinião do povo chinês sobre seu governo?
Os empresários me dizem que as coisas na China são muito piores do que o governo está relatando oficialmente. Um amigo meu em Xangai está trancado em sua casa há semanas. Não espero uma revolução, mas o governo precisará de um bode expiatório.
 
Ø  Por exemplo?Já existiam teorias da conspiração sobre interferências estrangeiras quando se tratou da gripe suína, da gripe aviária e do levante de Hong Kong. Suponho que a China começará a conflitar com Taiwan, Hong Kong ou mesmo com o Vietnã. Eles vão reprimir os manifestantes em Hong Kong ou enviar combatentes pelo espaço aéreo de Taiwan para provocar as forças armadas dos EUA. Só seria necessário um acidente no Estreito de Formosa e você veria uma ação militar. Não uma guerra quente entre a China e os EUA, mas alguma forma de ação. Isto é o que querem pessoas no governo dos EUA, como o secretário de Estado Mike Pompeo ou o vice-presidente Mike Pence. É a mentalidade de muitas pessoas em Washington.








Ø  Esta crise é obviamente um retrocesso para a globalização. Você acha que políticos como Trump, que querem que suas empresas abandonem a produção no exterior, serão beneficiados?
Ele tentará colher benefícios dessa crise, com certeza. Mas tudo mudará quando o coronavírus chegar aos EUA. Você não pode construir um muro no céu. Olha, eu moro na cidade de Nova York e as pessoas têm ido muito pouco a restaurantes, cinemas ou teatros, mesmo que ninguém tenha sido infectado pelo vírus até agora. Se vier, estamos completamente fodidos.
 
Ø  Um cenário de pavor perfeito para Trump?De maneira alguma. Ele perderá a eleição, com certeza.
 
Ø  Essa é uma previsão ousada. O que faz você ter tanta certeza?

Porque existe um risco significativo de uma guerra entre os EUA e o Irã. O governo dos EUA quer uma mudança de regime e bombardeará os iranianos. Mas os iranianos estão acostumados a sofrer, acredite, sou judeu iraniano e os conheço! E os iranianos também querem mudança de regime nos EUA. As tensões elevarão os preços do petróleo e levarão inevitavelmente à derrota de Trump nas eleições.

Ø  O que faz você ter tanta certeza? 


Isso sempre acontece na história. Ford perdeu para Carter após o choque do petróleo em 1973, Carter perdeu para Reagan devido à segunda crise do petróleo em 1979 e Bush perdeu para Clinton após a invasão do Kuwait. O campo democrata é fraco, mas Trump está morto. Cite-me sobre isso!

Ø  É necessária uma guerra contra o Irã para vencer Trump?Com certeza, e vale a pena. Mais quatro anos de Trump significa guerra econômica!
 
Ø  O que os investidores devem fazer para se preparar para o impacto?
Minha expectativa é que as ações globais acumulem perdas entre 30 e 40% este ano. Meu conselho é: deixe seu dinheiro líquido ou em títulos públicos seguros, como nos bunds alemães [títulos do governo alemão]. Eles têm taxas negativas, mas e daí? Isso significa apenas que os preços vão subir e subir - você pode ganhar muito dinheiro dessa maneira. E se eu estiver errado e as ações subirem 10%, também estará tudo bem. Você precisa proteger seu dinheiro contra um craque, o que é mais importante. Esse é o meu lema: "Melhor prevenir do que remediar!"

Publicado originalmente em 'Spiegel Internacional' | Tradução de César Locatelli