sábado, 25 de junho de 2022

"Há um cordão de governos de ESQUERDA na América do Sul ! ! !

 

www.brasil247.com - Gustavo Petro em discurso de vitória

Gustavo Petro em discurso de vitória (Foto: Reprodução)

Eric NepomucenoPor PorEric Nepomuceno, jornalista e escritor

A reviravolta da Colômbia

"Enquanto Jair Messias continuar na poltrona presidencial, o isolamento do Brasil não fará mais que crescer e se solidificar", escreve Eric Nepomuceno


Ao longo da história republicana a Colômbia jamais havia tido um presidente declaradamente de esquerda. E menos ainda um ex-guerrilheiro.

No máximo até agora o que aconteceu foi um revezamento entre presidentes efetivamente liberais – Ernesto Samper e Juan Manuel Santos são os exemplos mais recentes – e outros muitos, que mais que conservadores foram francamente reacionários sem remédio.

E mais: nem em seus mais tenebrosos pesadelos a parte conservadora, racista e misógena imaginaria uma vice-presidente mulher e, para elevar ainda mais a já vulcânica temperatura, negra e de origem muito pobre.

Pois foi exatamente uma dupla desse teor que saiu vitoriosa das urnas colombianas no domingo 19 de junho: Gustavo Petro, ex-guerrilheiro, e Francia Márquez, que antes de se tornar uma ativista social de alto calibre trabalhou como diarista e faxineira para poder dar de comer aos filhos.

A vantagem de Petro sobre seu adversário, o populista de extrema-direita Rodolfo Hernández, pode até parecer apertada: 50,45% dos votos válidos contra 47,30%.  

Muito mais que por escassos três pontos, porém, essa vitória significa algo que até há pouco tempo ninguém se animaria a prever. E mais: significa também a possibilidade concreta de abertura de novos tempos não apenas na Colômbia, mas em toda a América Latina.

Depois de Brasil e México, a Colômbia tem a terceira economia mais importante do continente latino-americano. E algumas das medidas que integram o programa de governo defendido por Petro certamente serão aplicadas em outros países governados pela esquerda, como a taxação das grandes fortunas e a decisão de adotar políticas sociais que tenham por objetivo superar diferenças históricas, a começar por saúde e educação.

Outro ponto importante é o fato de, pela primeira vez, há um cordão de governos de esquerda na América do Sul, e não apenas dois ou três governos: além da Colômbia, temos a Argentina, a Bolívia, o Chile, o Peru (embora uma esquerda titubeante) e a Venezuela. A provável vitória de Lula nas eleições presidenciais de outubro traçaria um panorama inédito.  

Se lembrarmos que o México tem um presidente de esquerda, André López Obrador, e que a pequena e tão maltratada Honduras elegeu uma presidenta de esquerda, Xiomara Castro, veremos que de verdade são tempos novos em nossas comarcas.  

Um aspecto da vitória de Petro na Colômbia que nos diz respeito: daqui até o primeiro dia de 2023, ou seja, enquanto Jair Messias continuar na poltrona presidencial, o isolamento do Brasil não fará mais que crescer e se solidificar.  

Dentro da Colômbia, Petro encontrará, como já foi dito, dois obstáculos importantes para governar.  

Um, o empresariado sempre beneficiado tanto pelos liberais autênticos quando pelos reacionários de todo tipo. O setor, porém, poderá mostrar mais pragmatismo e negociar acordos aceitáveis tanto para os donos do dinheiro como para o governo.

Já o outro obstáculo está cada vez mais envolvo por nuvens de dúvida e apreensão: as Forças Armadas, normalmente violentas e reacionárias. Ele terá de encontrar núcleos de profissionalismo entre os militares e também no setor procurar um pacto de interesse comum.

Seja como for, não resta dúvida: a Colômbia ganha nova luz própria e terá papel especialmente relevante no cenário novo que se desenha não só na América do Sul, mas em todo o continente latino-americano.ista e escritor

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor



sexta-feira, 24 de junho de 2022

U F A . . . que bom, o mais charmoso festival de Inverno do país VOLTANDO ! ! !

 



O anúncio foi feito por meio de um vídeo publicado nas redes sociais do festival, que contou com a presença do secretário Estadual de Cultura, Oscar Barreto e do prefeito de Garanhuns.

Sivaldo Albino, prefeito de Garanhuns


Festival de Inverno de Garanhuns tem datas anunciadas

 

Em sua 30ª edição, o evento terá 17 dias de duração

 

As datas da 30ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns foram anunciadas ontem (23), pelo Governo de Pernambuco. Com 17 dias de programação, o 30º F I G será realizado de 15 a 31 de julho.

 




“Será o maior, melhor e mais intenso Festival de Inverno da história”, afirmou o gestor municipal. Tradicionalmente, o 30º F I G era realizado durante 10 dias.

 



Definida a data oficial do 30º F I G - Festival de Inverno de Garanhuns - em Pernambuco. O evento multicultural vai ser realizado no período de 15 a 31 de julho de 2022, e passa a contar com 17 dias de programação. O anúncio foi realizado pelo prefeito Sivaldo Albino, em suas redes sociais, após reunião no Palácio do Campo das Princesas, com o governador Paulo Câmara e o secretário de Cultura, Oscar Barreto.

 



“Viemos trazer uma ótima notícia para o povo pernambucano, está decidida a data do que será o maior, o melhor e o mais intenso Festival de Inverno da história de Pernambuco. A gente vai poder proporcionar nesses 17 dias o maior festival de todos os tempos, comemorando a sua trigésima edição”, destaca o prefeito Sivaldo Albino.

 



O F I G é um dos grandes eventos do circuito cultural brasileiro, e acontece em 2022 após um hiato de dois anos, em virtude da pandemia da Covid-19. O evento irá movimentar Garanhuns e Região com uma intensa programação de shows musicais e cincenses, artes cênicas, exposições, concertos, desfiles, oficinas e ações de valorização do patrimônio cultural pernambucano.



Para você ter uma ideia do TAMANHO e diversidade cultural, foram aprovadas e habilitadas 1.599 ações artístico-cultural que comporão o festival deste ano. Artes Visuais(25), Audiovisual(54), Circo(73), Cultura Popular (331), Dança(50), Design e Moda (231), Fotografia(24), Gastronomia (04), Literatura (51), Música (827), Patrimônio Cultural (18), Patrimônios Vivos (31) e Teatro (90).


DETALHES

Ø este blogueiro esteve em vinte e uma entre as vinte e nove edições do Festival; e

 Ø  os Palcos “PAU POMBO” e da “RURAL” são os mais charmosos do festival

sábado, 11 de junho de 2022

Informações EXTRAS sobre a COVID-19 ! ! !

NOTAS SOBRE A PANDEMIA

 

Amigas e amigos, como estou no quarto dia de sintomas de COVID-19, não conseguirei fazer o sagrado boletim semanal "Coronavírus e política, uma infecção cruzada" das sextas-feiras à tarde e ao vivo.

Mas quero pelo menos trazer a vocês algumas informações que considero importantes.
Certamente estamos no pior momento da pandemia se considerarmos o número de casos de doença sintomática na Grande São Paulo. E certamente cada um de vocês não viu em nenhuma época de suas vidas tantos conhecidos diretos e indiretos contaminados. Os números oficiais apontam para algo em torno de 45.000 casos/dia e média semanalizada de 36.000 para o Brasil. Esqueçam estes números, a sub-notificação já era a praxe no início da pandemia, e só faz piorar. O governo federal, agora acompanhado por governos estaduais em ano eleitoral passou o rodo tão facilmente como foi inibida a publicação dos dados da pesquisa XP desta semana onde apontava-se a vitória de Lula no primeiro turno e coisas ainda piores para o delinquente da República, como por exemplo, o fato de ser visto pela população como menos honesto que Lula.
Por que esta explosão de casos agora? Ontem ao ver o Jornal da Cultura acompanhei a teoria do Prof. Gonçalo Vecina, que atribui o estouro às características das sub-mutações da variante Ômicron, capazes de "burlar" nossa imunidade adquirida por vacinas que foram fabricadas para a versão inicial do SARS-Cov-2. Claro que a teoria é boa, mas opto por outro caminho. Fosse esta a única causa, a mortalidade e a morbidade estariam muito mais altas. Sabemos que no momento internações e mortes só ocorrem em gente não vacinada ou sub-vacinada (duas doses iniciais sendo a última há mais de 9 meses). Ou seja, a imunidade conferida por 3 e 4 doses é capaz de segurar eventos hospitalares e mortes, como sempre fez a vacinação contra Influenza. Na minha percepção, aqui anunciada desde o começo do ano, a questão é muito mais ligada à queda da imunidade conferida pelas vacinas ao longo dos meses, coincidindo com a presença de uma cepa ultracontagiosa. Isto era previsível. Por isso, o tempo todo fui contra o retorno às aulas sem as crianças receberem pelo menos duas doses e contra o levantamento de medidas restritivas da forma que foi feita nos grandes centros. O resultado de tudo isso era mais que previsível e está aí no nosso quintal.
O quadro clínico que venho acompanhando - em mim, nas pessoas próximas e nos pacientes - é indistinguível da gripe clássica. Não fosse o meu teste positivo, eu seria incapaz de distingui-la do Influenza, o que mostra apenas que os alvos deste vírus são os mesmo do Influenza e outros, como o Parainfluenza, Adenovírus, e alguns Rinovírus como cepas mais antigas de Coronavírus. Hoje estou no quarto dia de sintomas, no momento com dor na garganta, tosse produtiva, congestão nasal e coriza, e algum cansaço. Basicamente o que venho vendo nas outras pessoas, independentemente da idade e comorbidades. Repouso, hidratação e boa alimentação são fundamentais para todas e todos.
Uma paciente que no momento está infectada, exatamente no meio de um programa de quimioterapia me perguntou: teremos 5a. dose? Eu respondi: a senhora está com ela no sangue, no momento. Sim, certamente esta infecção será equivalente a uma 5a dose, desta vez atualizada para a nova versão do vírus, o que deve dar uns 6 meses de "refresco" para quem se infectou.
A Moderna anunciou o desenvolvimento de nova versão de vacina atualizada para a variante Ômicron. Parece-me a única por enquanto que reformulará o seu produto totalmente. Outros fabricantes estão (por enquanto) atualizando para variantes anteriores à Ômicron, o que não significa que serão ruins, mas penso, salvo melhor juízo e informação, que está havendo uma certa lentidão nesse processo, ou pelo menos, na divulgação das ideias.
Creio que pouca gente escapará desta vez. O fogo está muito alto. Cuidem-se, sorte e saúde para todas e todos.
Dr. Nelson Nisenbaum via Facebook