sábado, 31 de julho de 2021
"Presidente LULA não precisa de Bolsonaro para vencer", Marcos Coimbra ! ! !
POR MARCO COIMBRA
Lula lidera as pesquisas por seus
méritos, não pelos defeitos de Bolsonaro. A dianteira que tem não é função de o
capitão ser aquilo que é, o traste que vemos, uma pessoa desprezível e um
governante ridículo.
No meio político, em especial na mídia,
ainda há quem insista na lengalenga de que Lula torce por Bolsonaro, deseja que
seja ele o adversário e faz corpo mole em relação ao impeachment. Como se Lula
quisesse enfrentar Bolsonaro, pois só assim ganharia.
Nada disso é verdade. Nenhuma pesquisa
corrobora o raciocínio. Mostram é que Lula não precisa de Bolsonaro para
vencer.
Nas pesquisas relevantes, o petista tem,
hoje, algo em torno de 45% das intenções de voto, em qualquer cenário de
primeiro turno. Nenhuma dá a ele menos que 55% no segundo, independente dos
(muitos) nomes testados.
O ex-presidente alcançou esse tamanho
faz tempo e o mantém faça chuva ou faça sol. Preso em Curitiba, vítima da farsa
judicial encenada por Moro e seus rapazes, proibido de falar por um ato de
força militar, sofrendo o ataque ininterrupto da mídia corporativa e alvo da
mais intensa campanha de desmoralização que as Organizações Globo jamais
desfecharam contra alguém, Lula, no final de agosto de 2018, tinha 39% das
intenções de voto, segundo o Datafolha. Nessa pesquisa, feita entre 21 e 22 de
agosto, a quarenta dias da eleição, Bolsonaro estava 20 pontos atrás, com 19%,
a metade de Lula. Nem se fabricasse duas facadas teria chance de ganhar.
No que dependeu da vontade popular, Lula
só enfrentou uma eleição difícil desde 2002, a primeira que venceu. Naquela
altura, ainda havia uma parcela grande do eleitorado que simpatizava com ele,
mas temia por seu passado politico e de trabalhador. Os velhos preconceitos de
classe, cultivados pelos porta-vozes das elites (“Imagina o Lula, que não sabe
falar inglês, tendo que dialogar com o presidente americano!”), somados à
ficção de seu “radicalismo” (“Eu tô com medo!”), o atrapalhavam.
A maioria dos eleitores, resolveu, no
entanto, desafiar preconceitos e medos e apostou que daria certo. Deu. Lula
rapidamente se tornou um presidente querido e aprovado e, desde então, é
considerado o melhor que o Brasil já teve, por nunca menos que 50% da
população, vindo o segundo colocado, que variou ao longo do tempo, com nunca
mais que 20%. Reelegeu-se com folga em 2006.
Nas duas eleições seguintes, Lula não
venceu porque decidiu não se candidatar. Em 2010, parte grande da turma
que hoje dá sustentação parlamentar (instável) ao capitão estava à disposição
para aprovar emenda à Constituição que assegurava ao presidente a possibilidade
de concorrer a um terceiro mandato consecutivo. Com mais de 50% das intenções
de voto, as pesquisas mostravam que Lula ganharia com facilidade se a hipótese
vingasse. Mas ele não topou e manteve as regras do jogo. Parecido com 2014,
quando voltou a não participar como candidato da eleição, apesar de liderar as
pesquisas, acreditando que a hora era de Dilma.
Há quem diga que Lula está com 45%
porque não surgiu, “ainda”, uma opção de “terceira via”, coisa que só quem não
conhece ou não consegue entender as pesquisas afirmaria. Em todas, são
oferecidos os nomes dos postulantes a esse papel e, como pululam, os institutos
chegam a incluir mais de uma dezena de hipóteses. Nenhum se destaca: na
pesquisa recente do Ipec, Lula obtém sete vezes (49%) a intenção de voto do
melhorzinho, que aparece em terceiro lugar, atrás do capitão (com 7%). Sozinho,
o ex-presidente tem quatro vezes a soma de todos.
Estamos indo para a eleição de 2022 com
Lula no seu tamanho histórico e, portanto, mais uma vez, favorito. A direita e
a centro-direita não conseguem se desvencilhar do capitão, um candidato
horroroso, mal avaliado e antipatizado. Substituí-lo tende, porém, a ser
inútil, como as pesquisas deixam claro. A “terceira via” só tem nomes
eleitoralmente frágeis, de baixo enraizamento popular e pouco conhecidos.
Contra qualquer um deles, o favoritismo de Lula permanece.
Na democracia, embora exista, é pequena a chance de que esse cenário mude, e esse deveria ser o ponto final. Mas há outra possibilidade, com a qual temos que raciocinar hoje em dia: sempre pode aparecer um generalzinho querendo botar os tanques na rua e mandar os soldados atirar no povo. O País precisa reagir a isso o quanto antes.
quinta-feira, 22 de julho de 2021
segunda-feira, 19 de julho de 2021
segunda-feira, 12 de julho de 2021
A falsa SENSAÇÃO de segurança e a realidade das UTIs ! ! !
A vacina, a falsa sensação de
segurança e a realidade das UTIs
Por Jarbas da Silva Motta Junior*
A vacinação da Covid-19 avança no mundo, a morte de idosos diminui e aumenta a sensação de que o pior da pandemia já passou.
Seja pela exaustão da população que se manteve até agora
isolada, pela necessidade de sair para trabalhar ou por acreditar que nas
pessoas mais jovens o vírus é menos agressivo.
O fato é que os cuidados e, principalmente, o isolamento
diminuíram.
Mas, por mais desanimador que seja, ainda temos algum tempo até
podermos afrouxar de vez o distanciamento, o uso de máscaras e de álcool em
gel.
Muitos pensam que, pelos avós ou pais já estarem imunizados com
as duas doses da vacina, não tem problema o almoço de domingo com a família
toda reunida, o filho adolescente ir na festinha do amigo e até mesmo tomar uma
cervejinha enquanto curte o jogo do time do coração com a turma.
Mas, infelizmente, não é isso que observamos nos hospitais. Os
leitos das UTIs continuam lotados.
O que mudou foi o perfil dos pacientes, mas a expressão de pavor
diante do agravamento da doença e do medo de morrer é a mesma.
Agora os pacientes são mais jovens. Nós nos enxergamos cada vez
mais neles, que estão com os filhos pequenos em casa e a família em prantos.
O corpo mais sadio, muitas vezes sem nenhuma comorbidade, luta
com um vírus cada vez mais agressivo, que algumas vezes deixa cada um de nós,
os profissionais da saúde, com a impressão que ainda não aprendemos a lidar com
as facetas do coronavírus no organismo e suas complicações.
Mesmo que nós tenhamos aprendido e lutado muito, o comportamento
sem responsabilidade de alguns faz com que o vírus seja mais rápido e nos
surpreenda sempre.
E o tempo de internação acaba sendo ainda maior. Vemos pacientes
que ficam semanas e mais semanas em um leito de hospital.
Nesses 15 meses de pandemia, é difícil o profissional de saúde
que ainda não tenha escutado a súplica pela promessa de melhora, da
possibilidade de passar o próximo dia dos pais junto do seu filho, natal com a
família ou simplesmente para sair da intubação com vida. Nunca foi tão
desafiador e exaustivo trabalhar em uma unidade de terapia intensiva.
Os casos são cada vez mais graves e complexos. Muitas vezes os
pulmões parecem pedras, devido à rigidez causada pela quantidade de fibroses.
O momento certo para a extubação é uma incógnita. Cada vez mais
recorremos a tratamentos extremos, que consideramos a última chance de respiro
de um paciente, quando nos deparamos com o triste “é tudo ou nada”.
E tudo na Covid-19 é muito difícil. Não ter a liberdade de ir e
vir para cumprir a rotina diária é desgastante. Não poder encontrar os amigos é
complicado.
Trabalhar na saúde está pesado. Lembre-se disso, mesmo no
momento de tomar um café com o colega que está de máscara diariamente
trabalhando com você. Muitas vezes é nesses minutos que acontece o contágio.
É desafiador, mas precisamos ter um pouco mais de paciência. Porque, se por um lado, o número de atestados de óbitos que assinamos nos hospitais aumentou, por outro, continuamos presenciando os casos de superação da doença, de milagres que assistimos todos os dias. Essa pandemia vai acabar, mas, para isso, cada um precisa assumir a sua responsabilidade e fazer a sua parte.
* Jarbas da Silva Motta Junior é médico intensivista e coordenador da UTI Covid do Hospital Marcelino Champagnat em Curitiba, capital paranaense
sexta-feira, 2 de julho de 2021
Em junho Flor do Mandacaru PERMANECEU na liderança ! ! !
Aqui, você ouve música!
quinta-feira, 1 de julho de 2021
Temos que procurar a melhor e menos AGRESSIVA forma de chegar ao divórcio ! ! !
Divórcios no Brasil pandêmico
por Sáloa Neme da Silva - advogada especialista em Direito de Família
O divórcio, por si só, traz desconforto para o casal. Romper uma relação onde se havia apostado no sucesso, por mais que nos esforcemos, torna-se muito difícil. Restaurar o estado ideal de comunhão de vida é praticamente impossível! Pior, ainda, quando o reflexo da nossa infelicidade aparece no rosto dos queridos filhos ou no seu comportamento.
Então? Devemos manter a fachada, suportar os desacertos e continuar
juntos? Entendo que não, pela experiência de 40 anos ouvindo e amparando
"divorciandos" e ainda pelo meu particular divórcio originado em
desfeito casamento.
O Brasil oportunizou nos divorciarmos a partir de 1977; portanto, há 44
anos. Um fato torna-se história após 50 anos de seu acontecimento. Podemos
quase dizer que é histórica ao povo brasileiro a solução de desfazimento da
relação onde se dá fim ao casamento civil.
Os escritórios que pautam sua atenção na área de Família e Sucessões
podem afirmar que aumentaram muito as consultas neste período pandêmico. O
isolamento social sustenta discórdias que afloram por essa aproximação; pela
falta de convívio com outras pessoas que não as da família e que nos estendem a
um horizonte que se aprecia junto com nosso par e filhos; diminuíram as
possibilidades até de conservarmos nossa saúde mental (em terapias), a saúde
física junto a clínicas, academias e salões de beleza.
O ano passado registrou um recorde na busca de divórcios, chegando a
43,8 mil levantados pelo Colégio Notarial do Brasil. A facilidade com que se
realizam - judicial ou extrajudicialmente - também acelera estas decisões de
rompimento do vínculo. As audiências de conciliação, hoje, são substituídas por
mediações que, com o tempo, acredito, terão sucesso quando a qualificação dos
mediadores, com o tempo, seja maior e mais específica.
Enfim, nós temos que procurar a melhor e menos agressiva forma de chegar ao divórcio, porque as sequelas também atingirão nossos filhos. A divergência reside na pensão e na partilha de bens, quando existem. O alimentante (provedor), na maioria das vezes quer tirar vantagem, estendendo ao filho o mínimo possível. O que dirá essa criança quando souber? E saberá, tenham certeza! Sem esquecer que ambos devem contribuir com o mesmo percentual sobre o que ganham, fazendo com que valores diferentes tenham igual reflexo. Por fim, quem ama provê!