Brasil
quer escritório no Vale do Silício
Ministério
da Ciência e Tecnologia abrirá representação na Califórnia para
empresas de software nacionais
Com
R$ 486 milhões em recursos, programa do governo quer dobrar
faturamento do setor nos próximos dez anos
O
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação vai instalar, até o
fim do ano, um escritório na região do Vale do Silício
(Califórnia), nos EUA, com o objetivo de apoiar empresas brasileiras
de software e de serviços de TI que buscam internacionalização.
O programa, apresentado ontem em São Paulo, prevê destinar R$ 486 milhões para as companhias até 2015.
Além
de San Francisco, na Califórnia, o MCTI pretende criar outros seis
"polos internacionais", em países como México, China e em
nações da Ásia Central e da África.
Os
escritórios serão um projeto conjunto do MCTI, do Ministério das
Relações Exteriores e da Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex).
"A ideia é fazer uma
ponte comercial e de negócios entre o Brasil e essas regiões, onde
há uma concentração de empresas de tecnologia", disse
Virgílio Almeida, secretário de Política de Informática do MCTI.
O
plano divulgado ontem prevê ainda o aporte de capital em start-ups,
a criação de certificação para que as companhias do setor
participem de compras públicas e a instalação de quatro centros de
inovação no Brasil.
Uma
das iniciativas que já têm prazo para sair do papel é o estímulo
às start-ups. Em 60 dias, segundo o governo, será publicado um
edital para selecionar aceleradoras de negócios. Essas entidades vão
abrigar de 8 a 10 start-ups, que receberão até R$ 200 mil em
investimentos.
Segundo
o ministro Marco Antônio Raupp, o programa não prioriza apenas
investimentos, mas a criação de uma agenda para a indústria.
"O
valor [de R$ 486 milhões] pode parecer pouco. Mas o que queremos é
criar uma estratégia para fortalecer a competitividade do setor de
TI."
As
metas do governo incluem dobrar o faturamento do setor, para US$ 200
bilhões, e criar 900 mil empregos em dez anos.
Para
Adalberto Brandão, diretor do GVCepe, um dos méritos do programa é
a articulação com a iniciativa privada. "O governo está
mobilizando outros entes para tentar contornar as barreiras ao
empreendedorismo no país."
Postado por APOSENTADO
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