Militância do PT foi a grande vitoriosa do congresso, avalia Rui Falcão
Presidente nacional do PT concedeu coletiva de imprensa e avaliou os trabalhos do 5º Congresso do PT, neste sábado (13)
Rui
Falcão
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão,
avaliou, em entrevista coletiva neste sábado (13), que a militância da legenda
foi a “grande vitoriosa” no 5ºCongresso Nacional da sigla.
“A
grande vitoriosa foi a militância do PT, pois pôde debater, externas as ideias
e, como sempre, prevalece a vontade da maioria. Então, a grande vitoriosa é a
militância do PT e a população brasileira, que confia no PT”, afirmou.
De
acordo com Rui Falcão, foram apresentadas dezenas de emendas à resolução da
segunda etapa do 5º Congresso Nacional do PT. Ele informou que algumas dessas
emendas foram flexibilizadas, como as que falavam sobre a política econômica.
Também houve a manutenção do Processo de Eleição Direta Extraordinário (PED) e
o Diretório Nacional tem 90 dias para realizar um seminário que debaterá a
reformulação dentro deste quesito.
O
presidente do PT ainda informou que a decisão anterior sobre o financiamento
empresarial de campanhas foi mantida, mas será remetida novamente ao Diretório
Nacional. A legenda continuará a não receber recursos de empresas privadas.
“Nós
estamos mantendo a decisão de não receber recursos empresariais, renovamos a
intenção de manter a discussão que ainda é inconclusa”, informou.
Além
disso, conforme defendido pelo secretário de Finanças do PT, Márcio Macedo, os
diretórios estaduais e/ou municipais estão autorizados, de acordo com a lei, a
receber recursos de empresas privadas. “Nós não estamos retrocedendo ao que foi
aprovado”, concluiu.
Durante
a coletiva, Falcão voltou a sair em defesa do ex-secretário de Finanças do PT,
João Vaccari Neto. “O Vaccari não é culpado, está sendo preso injustamente e há
uma tentativa de criminalizar o PT”, criticou.
Ao
ser questionado sobre a relação com o PMDB, partido que faz parte da base
aliada, Rui Falcão disse ser “evidente” haver contradições”. No entanto, ele
reforçou que não há nenhuma intenção de romper alianças no Congresso Nacional
com os parceiros que integram a coligação.
“Eu
não estou fazendo juízo de valor de nenhum partido e nem de nenhuma liderança
partidária”, esclareceu Rui.
Além
disso, o presidente do PT voltou a defender a volta da CPMF, que foi retirada
do texto base, e uma mudança na política tributária mantida pelo Brasil. A
Carta de Salvador, a texto guia do 5º Congresso, manteve o imposto sobre
grandes fortunas e sobre grandes heranças.
“As
pessoas têm medo de falar de imposto. Eu prefiro fazer o debate, mas foi a
decisão da maioria”, afirmou.
Falcão
ressaltou que os debates promovidos pelo 5º Congresso Nacional foram abertos à
imprensa e à militância, que puderam acompanhar pela internet.
“É
uma postura que a gente vem defendendo, é melhor do que ouvirem versões nem
sempre fidedignas”, explicou.
“Foi
um congresso democrático, que foi precedido por centenas de encontros
regionais, essas contribuições serão todas processadas no Diretório Nacional”,
completou.
Da Redação da Agência PT de Notícias.
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