Ainda ontem, vi um senhorzinho caminhando na rua, a passos vagarosos,
cabelos brancos, meio calvo. Reparo bem nos seus olhos por trás das lentes dos
óculos e sinto uma familiaridade. Examino ainda mais e vem aquela
familiaridade.
Acho que conheço. Terá sido meu professor? Ou um vizinho em cujas janelas eu chutava desastradamente a bola? Avô de um coleguinha? Não sei, faz tempo e eu devia ser muito pequeno pra lembrar dele agora, com exatidão.
Quem será mesmo esse velhinho tão familiar?
Antes que eu tome coragem para perguntar, o ancião entra num táxi com dificuldade, mas é aí que vem a surpresa. Pelas pernas arqueadas para o mesmo lado, tipo Garrincha, reconheço.
É o Tunico! Sentava na carteira ao lado da minha durante todo o ginásio...
Aquele senhorzinho é da minha idade! O tempo passa e a gente não vê no espelho...
Acho que conheço. Terá sido meu professor? Ou um vizinho em cujas janelas eu chutava desastradamente a bola? Avô de um coleguinha? Não sei, faz tempo e eu devia ser muito pequeno pra lembrar dele agora, com exatidão.
Quem será mesmo esse velhinho tão familiar?
Antes que eu tome coragem para perguntar, o ancião entra num táxi com dificuldade, mas é aí que vem a surpresa. Pelas pernas arqueadas para o mesmo lado, tipo Garrincha, reconheço.
É o Tunico! Sentava na carteira ao lado da minha durante todo o ginásio...
Aquele senhorzinho é da minha idade! O tempo passa e a gente não vê no espelho...
- Marcelo Migliaccio
- Rio de Janeiro, Brazil - Jornalista
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