Por Davis Sena Filho
O
juiz federal de primeira instância, Sérgio Moro (foto acima), juntamente com seus
correligionários e cúmplices ideológicos e partidários, os políticos do PSDB e
os delegados aecistas da PF do Paraná, que xingaram desrespeitosamente o
ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Rousseff pelo facebook, no decorrer das
eleições de 2014, tem muita vontade de mandar prender
o maior e mais popular presidente da República da história do Brasil, somente a
se comparar com o líder petista o presidente igualmente trabalhista, o estadista
Getúlio Vargas.
Moro
é um juiz de primeira instância e faz o que quer e o que lhe aprouver. Ponto.
Depois de prender pessoas por meio da delação premiada, que é um meio e jamais um fim no que relativo à jurisprudência, tal juiz
agora demonstrar que, antes de a possibilidade de destruir o PT e desconstruir
o mandato de Dilma Rousseff, necessário se faz demolir
o Brasil e tudo o que até agora foi conquistado, a partir da ascensão de
presidentes trabalhistas ao poder central.
Como
juiz de primeira instância, Moro se fez magistrado de última instância, porém,
o único e capaz de fazer com que os tribunais superiores se calem, porque
também a eles interessam a desqualificação e desmoralização do Governo
Trabalhista e a destruição, inapelavelmente, da candidatura Lula,
em 2018. A arrogância desse juiz e sua falta de prudência sobre as prisões ora
realizadas, remonta aos tempos da ditadura, só que agora em uma nova roupagem,
em que os juízes e os promotores se transformam em zorros de capas e espadas e
determinam como os governos e os eleitos do povo brasileiro, em âmbito
presidencial, devem governar, bem como decidir sobre seus programas de governo
e projeto de País.
Inacreditável
o mandonismo desenfreado de um juiz que sequer é questionado pelos magistrados
de tribunais superiores, bem como não é combatido em seus deslizes autocráticos
pela OAB, que, timidamente, o questiona, sem, no entanto, repercutir à
sociedade brasileira os desmandos desse juiz do Paraná, que objetiva desconstruir tudo o que já foi conquistado pela população, além
de fazer o jogo de uma direita irresponsável, que não se importa se o Brasil
tenha prejuízos gigantescos, ao ponto de prejudicar a economia, diminuir os
empregos e abrir as portas para empresas estrangeiras tomarem o lugar das
brasileiras, como, por exemplo, as dos setores petrolífero, naval, construção
civil e elétrico.
Há
muitos anos a direita entreguista e apátrida deste País luta para chegar ao
poder e, posteriormente, abrir o mercado interno brasileiro sem qualquer
proteção, além de viabilizar uma diplomacia colonizada e subserviente, pois alinhada automaticamente aos interesses dos
Estados Unidos e, consequentemente, permitir que o Mercosul, a Unasul, os
Brics, as alianças comerciais bilaterais com os países africanos, do Oriente
Médio e asiáticos caiam por terra.
A
oposição conservadora exala ódio e intolerância por todos seus poros e pelos
cantos do Brasil. A direita tem por meta estancar o desenvolvimento social, a distribuição de renda
e riqueza, e, por sua vez, deixar mais lenta a inclusão dos pobres, porque o
propósito é atender às demandas das grandes corporações econômicas e
financeiras internacionais, além de favorecer os interesses do Departamento de
Estado e da Presidência da República dos Estados Unidos.
E
nada mais objetivo do que colocar o Lula na mira de alça e fazer com que a
esquerda recue e fique temerosa de lutar pelo poder. Realidades e fatos
históricos como os de hoje lembram, e muito, os bastidores e as crises
pretéritas às quedas de João Goulart, de Getúlio e, posteriormente, o suicídio
do gaúcho estadista. A radicalização político-ideológica é extremamente
perigosa para jovem democracia brasileira. A oposição irada e sistemática da
imprensa burguesa dá uma conotação real de um embate sem trégua por parte de
uma oposição reacionária, que até hoje não se conforma de ficar
12 anos e meio sem controlar o Governo Federal e suas estatais e bancos
públicos.
Por
isso, a direita se mobiliza e, ousadamente, utiliza um avião da FAB para se
aventurar em terras venezuelanas, provocar um governo democrático, eleito pelo
povo e chamá-lo de ditadura, além de mentir ter sido molestada pelos partidários do Governo Bolivariano, quando a
verdade é que a trupe de patetas cujo líder é o senador derrotado, Aécio Neves,
praticamente apenas realizou um pouso naquele País do norte da América do Sul,
com o intuito de criar situação política e ideológica de enfrentamento, além promover uma gritaria para constranger
diplomaticamente o Itamaraty e o Palácio do Planalto.
Contudo,
esses políticos irresponsáveis e que somente querem conquistar o poder para
atender os interesses da plutocracia e, com efeito, receber as migalhas, tem a
cumplicidade, o apoio e as ações de um Ministério Público e de uma Justiça que
há muito tempo vestiram a camisa da oposição e se tornaram instituições
partidarizadas, sem a mínima preocupação em esconder
suas intenções, porque, apesar de muitos brasileiros perceberem, juízes,
promotores e delegados que se associaram ao PSDB e à mídia alienígena dos
magnatas bilionários, sabem que a imprensa de direita vai sempre apoiá-los e
protegê-los até que Lula, um dia, seja preso e moralmente destruído. Afinal, é
muita ousadia um ex-operário se tornar presidente da República duas vezes e
eleger sua sucessora duas vezes.
Enquanto
Lula estiver vivo; enquanto o político nordestino e pernambucano, que mora em
São Paulo há mais de 50 anos fazer política vai ser impiedosamente perseguido.
É a sina dos políticos trabalhistas e de esquerda deste País, que ousaram melhorar a vida do povo e não se submeteram e
muito menos aderiram ou foram cooptados pelo establishment. Ponto.
Lula
é politicamente e historicamente muito maior do que pensam a perversa e medíocre Casa Grande e a pequena burguesia
analfabeta política, com ares de coxinha frequentador de Miami. Muito maior do
que pensa os capitães do mato da grande burguesia, das oligarquias, a exemplo
de juízes como Sérgio Moro e Joaquim Barbosa e promotores da estirpe de Geraldo
Brindeiro e Roberto Gurgel. Não há, historicamente, termos de comparação real
entre Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —,
que mediocremente e lamentavelmente é um dos membros do Clube de Madrid, uma
associação internacional de golpistas, de entreguistas e de ex-presidentes de
direita que levaram à bancarrota seus países, processados pelos tribunais
internacionais de direitos humanos e implantaram o neoliberalismo na América Latina,
de forma que quase todos os países, inclusive o Brasil, faliram ou ficaram como
pacientes de uma UTI econômica.
A
resumir: venderam o patrimônio público, alinharam-se aos interesses dos países
ricos e desempregaram seus povos. Para se ter uma ideia, o FMI tratava o Brasil
como trata agora, como cachorros abandonados e sarnentos, a
Grécia e Portugal. Uma lástima as políticas públicas desses irresponsáveis, que
deveriam estar presos, ao invés de ficarem a deitar falação sem fim, apesar de
seus governos fracassados, entreguistas, apátridas e traidores de suas nações.
Quem lidera o Clube de Madrid é o presidente estadunidense,
Barack Obama. E não poderia ser de outra forma, não é cara pálida?
Voltemos
a Lula. O líder esquerdista fundou o PT, a CUT, o Foro de São Paulo, além de
ser um dos fundadores do Brics, do G-20 e um dos políticos que mais tiveram
influência para o fortalecimento da Unasul, do Mercosul e da Celac. Todavia, a
direita brasileira quer o fim desse processo diplomático de autodeterminação
dos povos e de independências dos países em relação às potências europeias e
aos Estados Unidos.
A
reação conservadora quer simplesmente destruir o Brasil para poder derrotar o
PT, que, por conseguinte, tem de urgentemente fazer uma revisão sobre seus
projetos e programas, bem como voltar ao seio de suas bases para se revigorar
e, por sua vez, fundamentar e fortalecer a ideologia socialista e
trabalhista, além de retomar suas bandeiras históricas deixadas de lado, como a
reforma agrária ampla, o aumento das taxas e impostos sobre grandes fortunas, o
controle mais duro das remessas de lucros, a elaboração de uma agenda comum com
os movimentos sociais, com a CUT e o MST.
Além
disso, fortalecer ainda mais o internacionalismo com os países da América Latina
e do Caribe, promover a igualdade entre os gêneros, reduzir a jornada de 40
horas sem redução de salários, proteger as leis trabalhistas, e, principalmente, redemocratizar os meios de comunicação, a começar
pela efetivação de um marco regulatório para o setor, que, autoritário e
intervencionista, quer pautar os governos e governantes eleitos, além querer
impor seus ditames ideológicos e desejos econômicos acima dos interesses do
povo brasileiro. O marco civil da internet foi aprovado, então, não há motivos
outros e escusos para que o marco para as mídias também não seja implementado
conforme reza a Constituição.
Sérgio
Moro não vai prender Lula ou fazer com que Dilma seja levada ao seu
impedimento. Os mandatários não cometeram crimes de responsabilidade e não
meteram as mãos nos cofres do povo brasileiro para proveito próprio. No Brasil
não se comporta mais travessuras judiciais que se parecem mais com uma chicana,
ou aventuras irresponsáveis como dar golpes em presidentes constituídos e
eleitos legalmente pela vontade soberana do povo. Sérgio Moro é juiz, e de
primeira instância. Não é Deus e muito menos está doido. A imprensa de mercado
ladra, mas há controvérsias.
Uma virtual prisão de Lula acarretaria em
uma comoção popular que não se sabe como acabaria.
É
isso aí.
ATENÇÃO:
as palavras na cor vermelha constam originariamente no texto, mas os destaques
são deste BLOGUEIRO.
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