segunda-feira, 13 de abril de 2015

Mídia FRACASSA nos atos ! ! !




Basta ter acompanhado durante a semana o noticiário em geral – ou o ler os jornais hoje – para constatar que a mídia foi e é o principal instrumento de convocação dos atos de protesto desse domingo (de ontem). Atos, em geral, pequenos, com exceção do de São Paulo. Nas capitais do Sudeste, também um pouco mais expressivos. As redes sociais arrefeceram seu ânimo convocatório e alguns partidos da oposição se engajaram na convocação, sem atrair nada nem ninguém, sem o menor sucesso ou expressão.

O fracasso dos atos se expressa no público participante e na pequena adesão na maioria das cidades, cujo número também encolheu para pouco mais da metade em comparação com aos atos do dia 15 de março pp. Tanto que nossa mídia para inflar o número de participantes nas capitais do Sudeste (exceção da Folha com seu levantamento Datafolha) agora se apoia nos dados das PMs, sem nenhuma credibilidade.

Os jornalões reconhecem que as manifestações perderam força em todo o país – como o faz explicitamente o Valor Econômico – mas alguns o fazem visivelmente contrariados, para não dizer constrangidos. O Estadão, por exemplo, usa manchete e título para lá de genéricos, apenas dizendo que pela 2º vez os atos se espalharam por 24 Estados, além de Brasília. Folha e Globo reconhecem que os manifestantes voltaram às ruas com menos força –  O Globo diz que os novos protestos contra governo tiveram adesão menor.

No fundo, pequena parte – ainda bem – do movimento defende a ilegalidade

Não se discute o direito de manifestação, sagrado, líquido e certo, ou sua legitimidade, mas é preciso destacar o silencio cúmplice da mídia e da oposição frente aos pedidos de intervenção militar, nome que ela mesmo deu aos pedidos ilegais de golpe militar. No máximo, quanto a essa maluquice, registram que os que pedem são minoria. Mas eles têm nome e endereço e seus movimentos idem. São entrevistados e transformados, por essa mesma mídia, em líderes…

Assim fica registrado mais uma vez na nossa história o papel da mídia empenhada na propagação do movimento de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Dessa forma torna-se imperdível, também, a leitura do artigo de hoje, do jornalista Ricardo Melo, publicado sob o título “Cadeia da Ilegalidade”,  na Folha de S.Paulo. O Ricardo mostra, com riqueza de reflexão e detalhes, o fato de a mídia ter aderido com tudo às passeatas que vão do pedido de impeachment da presidenta da República à intervenção militar.

O título é uma associação que ele faz a outra rede formada pela mídia (na verdade, pelas emissoras de rádio), liderada pelo então governador gaúcho Leonel Brizola, que assegurou a manutenção da legalidade, a posse do presidente João Goulart, em 1961, vetada pelos militares. Leiam aqui “Cadeia da Ilegalidade”





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