Ministro
de Dilma diz que 'morria de medo de o playboyzinho' ser eleito
por MARIANA HAUBERT
Ministro Gilberto Carvalho da Secretaria-Geral da Presidência
Prestes a deixar o governo na reforma
ministerial, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência)
disparou críticas à oposição nesta terça (9) em discurso num evento no Planalto
com cooperativas que atuam com extrativismo sustentável.
Carvalho
afirmou que o governo sofre "perseguição e discriminação" por
defender projetos de cunho social. "[O governo fica] sofrendo todo o tipo
de acusação, de bolivarianismo, de chavismo, de mais um monte de merda (sic)
que os caras falam para poder fazer funcionar de fato o Estado em função da
maioria", disse.
"É
isso que esteve em disputa nas eleições. Eu morria de medo de o playboyzinho
[referência ao senador Aécio Neves, candidato derrotado à Presidência pelo
PSDB] ganhar a eleição porque eu tinha clareza que ia acabar essa energia que
está aqui nessa sala", prosseguiu.
Ao
afirmar que o evento representava um momento de felicidade porque se celebrava
a "junção adequada entre governo e sociedade", o ministro disse que
as políticas voltadas para os mais pobres com foco em distribuição de renda se
intensificaram "quando o metalúrgico de nove dedos começou a implantar a
mudança de lógica do Estado brasileiro", em referência direta ao
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O
ministro afirmou ainda que o Estado brasileiro é elitista e voltado apenas para
manutenção dos privilégios dos mais ricos.
"Quando se assume o governo, [...] tem contra si todo o poder econômico, todo o poder da mídia, tudo aquilo que a elite construiu e mantém cuidadosamente século após século", continuou.
"Quando se assume o governo, [...] tem contra si todo o poder econômico, todo o poder da mídia, tudo aquilo que a elite construiu e mantém cuidadosamente século após século", continuou.
Longe
das preferências de Dilma e prestes a deixar seu cargo no Planalto, Carvalho
defendeu a presidente dos ataques em decorrência das denúncias contra a Petrobras.
Para
ele, a elite do país usa a corrupção como estratégia para atingir o governo e
impedi-lo de realizar suas ações.
"O
que está em jogo agora não é esse negócio de corrupção que sempre teve no país
e nós estamos tendo a coragem de combater. Tudo isso que eles estão denunciando
agora é o medo que eles têm perder a hegemonia do estado brasileiro",
criticou.
"Eles
nunca tiveram coragem de por o dedo na ferida como estamos tendo coragem agora,
de cortar na carne quando se verifica a questão da corrupção."
"O
medo deles é essa revolução silenciosa que se opera em todos os cantos do país
quando vocês criam as organizações de vocês e o povo vai descobrindo que é
sujeito, que é autônomo, que ele tem capacidade de tocar a vida dele. Que ele
não depende mais dos dominadores, que ele ganha autonomia", discursou para
os convidados.
Fonte:
Blog APOSENTADO INVOCADO
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