Jornal Nacional censura agressão de Bolsonaro a deputada
Que Jair Bolsonaro tem seus defensores e fãs, ninguém
questiona. Basta que a população tenha 10% de fanáticos fundamentalistas para
que seres como ele, Marco Feliciano et caterva sigam exercendo mandatos
parlamentares.
Daí a ser
protegido pelo jornalismo da maior emissora do País são outros mil e quinhentos
motivos para criticar a Rede Globo.
Na terça-feira (9), véspera do Dia Mundial dos Direitos Humanos, o fascista com
broche de deputado voltou a soltar sua língua para destilar o ódio medieval.
Afirmou, em plena tribuna da Câmara, que não estupraria a deputada Maria do
Rosário (PT-RS) – que acabara de fazer um pronunciamento – porque ela “não
merece”. Quem quiser conferir, o vídeo com a agressão está aqui:
aqui:
—
O fato gerou
revolta e protestos que dominaram o debate na Internet durante o resto do dia.
A repercussão na imprensa foi proporcional à gravidade da ofensa, que não é
inédita na carreira de Bolsonaro.
O mais
surpreendente, entretanto, é o fato de o principal telejornal da Rede Globo,
que alcança* em média 70 milhões de pessoas por noite, ter simplesmente
IGNORADO o episódio, decisão editorial que equivale a um ato de CENSURA, sobretudo
quando se olha a grade do JN desta noite: uma reportagem sobre o número
crescente de viúvos e divorciados, por exemplo, ocupou TRÊS MINUTOS e cinco
segundos do programa, mais de 10% do seu total.
Já
o novo ataque de Bolsonaro não mereceu sequer uma nota dos apresentadores…
merece ser ignorado pelos milhões de telespectadores do telejornal.
É
com esse jornalismo que a Globo diz defender “intransigentemente o respeito a
valores sem os quais uma sociedade não pode se desenvolver plenamente: a democracia,
as liberdades individuais, a livre iniciativa, os direitos humanos (…)”,
conforme prega o seu documento “Princípios Editoriais”.
PS: Nesta
quarta-feira (1o), é grande a chance de o deputado André Vargas (sem
partido/PR, ex-PT) ter o seu processo de cassação votado pelo plenário da
Câmara. Veja quanto tempo este tema vai ganhar no Jornal Nacional….
Política, cultura e afinidades seletivas
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