segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Dirceu: Globo e PiG manipulam a quebra de sigilo ! ! !

Dirceu: Globo e PiG manipulam a quebra de sigilo


“Fazem-no de forma escancarada e aberta. Particularmente a Globo, os jornais, Folha e Estadão, e as revistas Veja e Época. É o que mais se vê, ouve e lê. Todos eles têm linha direta com delegados, procuradores e mesmo com alguns juízes que de forma seletiva e dirigida violam a lei e a Constituição e vazam informações sigilosas.”


 
 
O BLOG Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, reproduz artigo do BLOG do Zé Dirceu: 

Mídia mistura quebra de sigilo autorizada por juiz com atentado à liberdade de imprensa


Toda a mídia brasileira começando, é lógico, pelas Organizações Globo da família Marinho, e seu carro-chefe, o Jornal Nacional, dão imenso destaque (e já há uns três dias) à quebra de sigilo de todos os telefones de um jornal do interior de São Paulo – o Diário da Região, de São José do Rio Preto, e de um de seus jornalistas Allan de Abreu.


A quebra do sigilo foi determinada pelo juiz da 4ª Vara da cidade, Dasser Lettiere Jr. sob a justificativa de que eles divulgaram informações preservadas por segredo de justiça. Em 2011 eles publicaram duas reportagens com dados obtidos por escutas telefônicas pela Polícia Federal (PF) sob um grupo de fiscais do Ministério do Trabalho que teria exigido propina de empresários para livrá-los de multas trabalhistas.


Em maio deste ano o Ministério Público Federal (MPF) já havia determinado a instauração de inquérito contra jornalistas da TV Tem, afiliada da Rede Globo em São José do Rio Preto, pelo vazamento da mesma informação, mas a denúncia foi rejeitada e arquivada.


Agora toda a mídia brasileira, como dissemos Rede Globo á frente, sai em defesa do jornal e contra a decisão judicial. Alegam que a quebra do sigilo telefônico do Diário jornal e de seu jornalista fere a Constituição, que protege o sigilo da fonte que passou deu a informação para o jornalista. Recorrem ao velho chavão de que isso, na prática, viola a liberdade de imprensa.


O que mídia não diz é que ela e seus parceiros desrespeitam a Constituição


O que nossa imprensa não diz – começando  de novo pelo Jornal Nacional da poderosa Rede Globo – é que hoje todos violam o sigilo de processos que tramitam sob segredo de justiça. Quebram com a maior frequência, sem cerimônia e sem nenhum respeito às normas legais e à Constituição o sigilo decretado pelos juízes nas investigações, inquéritos ou processos em tramitação na justiça.


Fazem-no de forma escancarada e aberta. Particularmente a Globo, os jornais, Folha e Estadão, e as revistas Veja e Época. É o que mais se vê, ouve e lê. Todos eles têm linha direta com delegados, procuradores e mesmo com alguns juízes que de forma seletiva e dirigida violam a lei e a Constituição e vazam informações sigilosas.


Logo, praticam um ato criminoso – quem vaza, quem publica e quem veicula – com objetivo políticos e eleitorais, como vimos ao longo da última campanha eleitoral e às vésperas da ultima eleição, no caso da Operação Lava Jato. Aqui neste caso, aliás, com o agravante de que houve violação do sigilo na delação premiada, o que pode levar a nulidade de toda operação ou da própria delação.


Essa defesa que se vê agora nesse caso de São José do Rio Preto, claramente corporativa e encoberta com um discurso pró-respeito à Constituição e ao sigilo,  à liberdade de expressão e de imprensa, à liberdade dos profissionais, esconde, na prática, o fato de que todos os dias jornalistas e autoridades violam a lei ao trocar informações sigilosas sobre investigações, inquéritos e processo que correm sob segredo de justiça.


Vazamentos prejudicam investigações porque alertam criminosos


Fora o fato de que neste caso do jornal do interior de São Paulo, o vazamento prejudicou as investigações alertando os supostos criminosos. A isso tudo, a esse pseudo exercício jornalístico, a publicação dessas informações sigilosas obtidas de forma ilegal, a mídia brasileira aplaude.


Já o direito de resposta, também um direito constitucional, na prática não existe hoje no Brasil e nossa mídia faz de tudo para que continue assim, sem existir porque, na prática, ela não o cumpre. A razão é simples: ela quer ser temida para no dia a dia tutelar governos exercendo o monopólio da informação. Como faz agora ao noticiar de forma dirigida e parcial os fatos no caso da quebra do sigilo telefônico do jornalista e do jornal, como forma de pressionar e levar ao servidor publico que cometeu um crime e vazou uma informação sob segredo de justiça.


Age dessa forma, também porque quer ser temida para continuar a manipular, a distorcer o que quiser a seu bel-prazer e, assim,  muitas vezes se impor em troca de favores, obter contratos para imprimir livros didáticos em suas gráficas, abocanhar verbas publicitárias cada vez mais vultosas, e obter isenções fiscais e leis que a favorecem.

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