Tarso Genro denuncia: generalizar corrupção é tática fascista
por Miguel do Rosário
O alerta de Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul (não reeleito), é importante.
A tática de setores da mídia, como vemos no editorial da Globo de domingo (14), de generalizar a corrupção, e não individualizá-la, como deve ser feito, é uma tática fascista.
O Globo encerra o seu editorial de hoje falando que o esquema de corrupção na Petrobrás foi montado pelo “lulopetismo”, contradizendo as afirmações dos próprios promotores públicos do caso, que afirmaram que o esquema teve início há 15 anos.
E mesmo que tivesse sido iniciado na era Lula, a corrupção é feita por indivíduos.
O raciocínio da Globo é torpe duplamente: chama os empreiteiros de lulopetistas e bolivarianos, o que é uma imbecilidade; ou então os trata como vítimas inocentes dos malvados lulopetistas, que os extorquem.
Vários denunciantes já afirmaram que não havia extorsão. O esquema de propinas era pago alegremente pelas empreiteiras, que assim asseguravam contratos para si.
O governo federal está fazendo a parte dele, combatendo a corrupção.
Faltaria a mídia fazer a sua: parar de manipular, botar de lado por um momento o jogo político e informar a sociedade.
Infelizmente, isso não vai acontecer nunca. Não na atual conjuntura, em que temos uma mídia formada na cultura da ditadura e da corrupção inerente ao autoritarismo, que se beneficia do oligopólio construído durante o regime de exceção para continuar extorquindo empresas e governos.
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