Busca da verdade histórica é forma de construir democracia e zelar pela sua preservação
José Carlos Dias, José Paulo Cavalcanti Filho,
Maria Rita Kehl, Presidenta Dilma, Pedro Dallari, Paulo Sérgio Pinheiro e Rosa
Maria Cardoso da Cunha
Ontem, 10, Dia Internacional dos Direitos
Humanos, ao receber o Relatório da Comissão Nacional da Verdade, a Presidenta
da República Federativa do Brasil, DILMA VANA ROUSSEFF, declarou:
“Tornar público este relatório nesta data [Dia
Internacional dos Direitos Humanos] é um tributo a todas as mulheres e homens
do mundo que lutaram pela liberdade e pela democracia e, com essa luta,
ajudaram a construir marcos civilizatórios e tornaram a humanidade melhor.”
“Nós que amamos tanto a democracia esperamos que a ampla divulgação
deste relatório permita reafirmar a prioridade que devemos dar às liberdades
democráticas, assim como a absoluta aversão que devemos manifestar sempre aos
autoritarismos e às ditaduras de qualquer espécie.”
“Nós que acreditamos na verdade, esperamos que este relatório contribua
para que fantasmas de um passado doloroso e triste não possam mais se proteger
nas sombras do silêncio e da omissão.”
“A verdade não significa revanchismo. A verdade não deve ser motivo para
ódio ou acerto de contas. A verdade liberta todos nós do que ficou por dizer,
por explicar, por saber. Liberta daquilo que permaneceu oculto, de lugares que
nós não sabemos aonde foram depositados os corpos de muitas pessoas.”
“Estou certa que vocês, integrantes da Comissão Nacional da Verdade,
cumpriram ao longo destes 31 meses sua missão, pois se empenharam em pesquisar,
em indagar, em ouvir e em conhecer a nossa história. Trouxeram à luz, sem medo,
o tempo oculto pelo arbítrio e pela violência.”
“O trabalho de vocês reforça os sentimentos que manifestei naquela
ocasião: quem dá voz à história são os homens e as mulheres livres que não têm
medo de escrevê-la.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário