Serrano: Moro é um stalinista!
É quando se usa o discurso acusatório da mídia para condenar o réu!
O BLOG Conversa
Afiada, do jornalista Paulo Henrique
Amorim reproduz trechos da entrevista do advogado Pedro Serrano que é
advogado da Odebrecht no Cível.
Mas, antes
de tudo, é um respeitado professor de Direito que poderia servir ao
Supremo, se o PT não fosse tão "republicano"!
Lava Jato cria processo stalinista, diz advogado
As investigações da Operação Lava Jato
reproduzem a "visão punitivista" que marcou a Operação Mãos Limpas na
Itália, diz o advogado Pedro Estevam Serrano.
Ele entende que o direito de defesa acaba quando o réu é obrigado a confessar por meio da delação premiada. E diz que o Judiciário está intimidado e influenciado pela "maré acusatória" da mídia.
Sobre a atuação do juiz federal Sergio Moro, diz que o magistrado "não tem o papel de combater crime". "Juiz existe para garantir direitos", afirma.
Professor de Direito Constitucional na PUC-SP, Serrano é autor do livro "A Justiça na sociedade do espetáculo", lançado em setembro último pela editora Alameda. Entre outros temas, a obra trata do julgamento do mensalão do PT.
Serrano é advogado da Odebrecht, em ações na área cível, desde o escândalo da ferrovia Norte-Sul, licitação fraudulenta denunciada em 1987.
Ele entende que o direito de defesa acaba quando o réu é obrigado a confessar por meio da delação premiada. E diz que o Judiciário está intimidado e influenciado pela "maré acusatória" da mídia.
Sobre a atuação do juiz federal Sergio Moro, diz que o magistrado "não tem o papel de combater crime". "Juiz existe para garantir direitos", afirma.
Professor de Direito Constitucional na PUC-SP, Serrano é autor do livro "A Justiça na sociedade do espetáculo", lançado em setembro último pela editora Alameda. Entre outros temas, a obra trata do julgamento do mensalão do PT.
Serrano é advogado da Odebrecht, em ações na área cível, desde o escândalo da ferrovia Norte-Sul, licitação fraudulenta denunciada em 1987.
FRASES DO ADVOGADO SERRANO SOBRE A LAVA JATO
“A mídia adula o juiz, ou o agente de investigação que atua
de acordo com a visão punitivista que a imprensa tem hoje.”
“Há um vazamento ilegal, preocupa-me a seletividade na
informação acusatória. E a seleção do jornalista que vai ter essa informação.
Isso dá poder, aprisiona o jornalista.”
“Não vejo a mídia cobrando do Ministério da Justiça o
resultado da sindicância da gravação na cela do [Alberto] Yousseff. Isso foi
grave e pode levar à anulação da investigação.”
“A lei de abuso de poder no Brasil é letra morta.”
“Sobre as ‘técnicas especiais de investigação’ – “Essas ideias, como crime organizado, terrorismo, esses
conceitos vagos são os veículos pelos quais o Judiciário e o Ministério Público
deixam de ser fonte de direito e passam a ser fonte de exceção.”
Sobre o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da
Lava Jato no STF – “Eu divirjo de algumas das decisões, mas no geral ele é muito
bom ministro, muito equilibrado, muito justo.”
Com relação ao juiz Sergio Moro com os advogados da
Operação – “A meu ver,
quanto mais o processo avança, mais ele se comporta de uma forma acusatória e
menos judicante.”
Sobre Moro ser tratado pela sociedade como herói – “É da essência da democracia que o juiz seja um profissional.
A gente deixa de ter um processo penal que vise garantias de direitos e passa a
ter um processo penal de espetáculo. Isso contamina a ideia de julgamento, que
passa a ser linchamento.”
Sobre o juiz Moro quando emite seus despachos – “É uma estratégia punitivista que houve na operação "mãos
limpas", na Itália. É quando o investigador utiliza conscientemente o
discurso acusatório da mídia para, com isso, condenar o réu. O juiz não é
acusador, não tem o papel de combater crime. Juiz existe para garantir direitos.”
“É muito ruim ter um juiz (Moro) parcial. Cria um processo
stalinista, quando você sabe do resultado antes de começar um processo. Hoje,
você já sabe que os réus, os principais, vão ser condenados a penas graves.”
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