...eu ponho fé é na fé da moçada/que não foge da fera e
enfrenta o leão...
Explode Coração
Chega de tentar dissimular
e disfarçar e esconder
O que não dá mais pra
ocultar e eu não posso mais calar
Já que o brilho desse
olhar foi traidor
E entregou o que você
tentou conter
O que você não quis
desabafar e me cortou
Chega de temer, chorar,
sofrer, sorrir, se dar
E se perder e se achar e
tudo aquilo que é viver
Eu quero mais é me abrir e
que essa vida entre assim
Como se fosse o sol
desvirginando a madrugada
Quero sentir a dor desta
manhã
Nascendo, rompendo,
rasgando, tomando, meu corpo e então eu
Chorando, sofrendo,
gostando, adorando, gritando
Feito louca, alucinada e
criança
Sentindo o meu amor se
derramando
Não dá mais pra segurar, explode coração...
Luiz Gonzaga do Nascimento
Júnior, mais conhecido como Gonzaguinha, nasceu no dia 22 de setembro de 1945 na cidade do Rio de Janeiro.
Faleceu num acidente automobilístico em Renascença, próximo à Curitiba, capital
paranaense, quando voltava de um show, em 29 de abril de 1991. Nos últimos doze anos de vida,
Gonzaguinha viveu em Belô com sua
mulher Lelete e a filha caçula Mariana.
Filho do cantor de forró, o pernambucano Luiz Gonzaga e da
cantora do Dancing Brasil no Rio de Janeiro Odaléia Gudes dos Santos, que
morreu de tuberculose aos 22 anos, o que fez com seu pai, sem condições de
criá-lo, devido aos shows que fazia pelo Brasil, o enviasse para ser criado
pelos padrinhos, Henrique Xavier e Leopoldina de Castro Xavier, moradores do
Morro de São Carlos, na cidade do Rio de
Janeiro, onde cresceu e viveu a sua infância.
Ângela Porto Carreiro (de 1974 a 1981) - Daniel Gonzaga e Fernanda Gonzaga
Sandra Pêra (de
1981 a 1984) - Amora Pêra
Louise Margarete Martins – a Lelete (de 1984 a 1991) - Mariana Gonzaga
Compôs sua primeira canção em 1961 "Lembranças da
Primavera" com 14 anos de idade e em 1963 foi morar em Cocotá bairro de
classe média da Zona Norte do Rio. No Rio de Janeiro estudou Economia na
Universidade Cândido Mendes, mas não exerceu a profissão. Iniciou
sua carreira artística em 1968, participando do I Festival Universitário de
Música Popular do Rio de Janeiro, no qual classificou entre as finalistas sua
música "Pobreza por pobreza". Devido
ao caráter social de suas composições, foi inúmeras vezes convocado para se
apresentar no DOPS, tendo sido constantemente alvo da censura. Foi um dos
ícones da música de protesto e da vanguarda política dos anos de chumbo da
ditadura militar brasileira, instalada em março de 1964.
Canções famosas de sua autoria
Comportamento Geral, Começaria
tudo outra vez, Explode
coração, Grito de alerta, O
que é o que é, Nem o pobre nem o rei, É, Petúnia
Resedá, A cidade contra o crime, A
felicidade bate à sua porta, A marcha do povo doido, Achados e perdidos,
Sangrando, Um homem também chora, Eterno aprendiz, Guerreiro menino, Aprendiz,
Grito de alerta, E vamos à luta, Lindo lago do amor, Morena, Acredito na
rapaziada, Diga lá coração, Moleque, Espere por mim morena, Odaléia Noites
Brasileiras, O preto que satisfaz, Eu apenas queria que você soubesse, Tem dia
que de noite é assim mesmo, Galopando, Meninos do Brasil.
Cantantes que gravaram suas músicas
Maria Bethânia, Zizi Posse, Simone, Elis Regina, Joanna.
Gonzaguinha é filho da ditadura
militar onde expoentes da musicalidade, da cultura e da política brasileira
eram ameaçados constantemente pelos brutamontes da polícia política fascista. Gênios
como Henfil, Betinho, Cazuza, Raul Seixas, Renato Russo, Dom Hélder Câmera,
Gilberto Freire, Tom Jobim – todos já IDOS – não puderam participar de um
Brasil mais justo onde o povo pode orgulhar-se de seus mandatários políticos.
O POVO, AGORA, TEM VEZ ! ! !
Nenhum comentário:
Postar um comentário