segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

EXPLODE CORAÇÃO ! ! !

...eu ponho fé é na fé da moçada/que não foge da fera e enfrenta o leão...

Explode Coração


Chega de tentar dissimular e disfarçar e esconder
O que não dá mais pra ocultar e eu não posso mais calar
Já que o brilho desse olhar foi traidor
E entregou o que você tentou conter
O que você não quis desabafar e me cortou


Chega de temer, chorar, sofrer, sorrir, se dar
E se perder e se achar e tudo aquilo que é viver
Eu quero mais é me abrir e que essa vida entre assim
Como se fosse o sol desvirginando a madrugada
Quero sentir a dor desta manhã


Nascendo, rompendo, rasgando, tomando, meu corpo e então eu
Chorando, sofrendo, gostando, adorando, gritando
Feito louca, alucinada e criança
Sentindo o meu amor se derramando
Não dá mais pra segurar, explode coração...

Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, mais conhecido como Gonzaguinha, nasceu no dia 22 de setembro de 1945 na cidade do Rio de Janeiro. Faleceu num acidente automobilístico em Renascença, próximo à Curitiba, capital paranaense, quando voltava de um show, em 29 de abril de 1991. Nos últimos doze anos de vida, Gonzaguinha viveu em Belô com sua mulher Lelete e a filha caçula Mariana.
Filho do cantor de forró, o pernambucano Luiz Gonzaga e da cantora do Dancing Brasil no Rio de Janeiro Odaléia Gudes dos Santos, que morreu de tuberculose aos 22 anos, o que fez com seu pai, sem condições de criá-lo, devido aos shows que fazia pelo Brasil, o enviasse para ser criado pelos padrinhos, Henrique Xavier e Leopoldina de Castro Xavier, moradores do Morro de São Carlos, na cidade do Rio de Janeiro, onde cresceu e viveu a sua infância.

Ângela Porto Carreiro (de 1974 a 1981) - Daniel Gonzaga e Fernanda Gonzaga
Sandra Pêra (de 1981 a 1984) - Amora Pêra
Louise Margarete Martins – a Lelete (de 1984 a 1991) - Mariana Gonzaga

Compôs sua primeira canção em 1961 "Lembranças da Primavera" com 14 anos de idade e em 1963 foi morar em Cocotá bairro de classe média da Zona Norte do Rio. No Rio de Janeiro estudou Economia na Universidade Cândido Mendes, mas não exerceu a profissão. Iniciou sua carreira artística em 1968, participando do I Festival Universitário de Música Popular do Rio de Janeiro, no qual classificou entre as finalistas sua música "Pobreza por pobreza". Devido ao caráter social de suas composições, foi inúmeras vezes convocado para se apresentar no DOPS, tendo sido constantemente alvo da censura. Foi um dos ícones da música de protesto e da vanguarda política dos anos de chumbo da ditadura militar brasileira, instalada em março de 1964.

Canções famosas de sua autoria
Comportamento Geral, Começaria tudo outra vez, Explode coração, Grito de alerta,  O que é o que é, Nem o pobre nem o rei, É, Petúnia Resedá, A cidade contra o crime, A felicidade bate à sua porta, A marcha do povo doido, Achados e perdidos, Sangrando, Um homem também chora, Eterno aprendiz, Guerreiro menino, Aprendiz, Grito de alerta, E vamos à luta, Lindo lago do amor, Morena, Acredito na rapaziada, Diga lá coração, Moleque, Espere por mim morena, Odaléia Noites Brasileiras, O preto que satisfaz, Eu apenas queria que você soubesse, Tem dia que de noite é assim mesmo, Galopando, Meninos do Brasil.

Cantantes que gravaram suas músicas

Maria Bethânia, Zizi Posse, Simone, Elis Regina, Joanna.
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Gonzaguinha é filho da ditadura militar onde expoentes da musicalidade, da cultura e da política brasileira eram ameaçados constantemente pelos brutamontes da polícia política fascista. Gênios como Henfil, Betinho, Cazuza, Raul Seixas, Renato Russo, Dom Hélder Câmera, Gilberto Freire, Tom Jobim – todos já IDOS – não puderam participar de um Brasil mais justo onde o povo pode orgulhar-se de seus mandatários políticos. 
O POVO, AGORA, TEM VEZ  ! ! !

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