“O Acórdão abre um precedente importante para reverter dezenas de outras ações que tentam calar jornalistas independentes de todo o país. Mais do que uma vitória pessoal, considero um passo importante para a garantia de um direito consagrado em nossa Constituição Federal.” (Marco Aurélio Mello)
Caro Marco Aurélio
Estou feliz com sua vitória, que é também a nossa vitória!
Com derrotas e triunfos, aos trancos e barrancos, vamos vivendo da maneira mais plena possível. Sem nos esconder debaixo da cama.
Com derrotas e triunfos, aos trancos e barrancos, vamos vivendo da maneira mais plena possível. Sem nos esconder debaixo da cama.
Parabéns!
Saboreie muito essa vitória, porque o
outro lado é muito poderoso, e de fato muito “soturno”.
O “dissabor” do derrotado Kamel (como
diz o desembargador, na esplêndida sentença) deve ter sido multiplicado por dez
depois da surra que o poderoso diretor da Globo levou. Ele, Kamel, vive disso,
das ilusões do poder. Cada derrota faz com que ele se afunde mais no mundo
soturno em que de fato habita, cercado de colegas amedrontados. Ele não tem
admiradores, só tem subordinados que o temem.
Já você, Aurélio, está na luz – mesmo
quando incógnito!
Com os amigos, com a família que o apóia, com as suas convicções.
Você (da mesma forma que todos nós) está nessa pra ganhar ou perder!
Com os amigos, com a família que o apóia, com as suas convicções.
Você (da mesma forma que todos nós) está nessa pra ganhar ou perder!
Dessa vez, ganhou.
Viva!
Viva!
Grande abraço
Rodrigo Vianna
Saite
ESCREVINHADOR
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A CARTA ABERTA DO BLOGUEIRO QUE DERROTOU Kamel
Incrédulo.
Foi
como recebi a notícia de que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por
unanimidade, julgou na última quinta-feira improcedente a ação movida contra
mim pelo jornalista mais poderoso do país: Ali Kamel.
Por
causa desta e de outra ação em que sou réu, nos últimos cinco anos já “comi o
pão que o diabo amassou”. Fui ridicularizado por colegas de profissão,
criticado por amigos e parentes e vi o mercado de trabalho encolher em mais de
50%. Afinal, o oligopólio Globo emprega a metade de todos os profissionais do
país, direta ou indiretamente.
Tudo
porque decidi contar minha experiência profissional de mais de uma década e
desafiar aqueles que insistem em exercer o poder de informar de maneira
inescrupulosa e tirânica, uma afronta à Democracia e uma permanente ameaça a
Paz e à Justiça Social.
O
Acórdão, ao qual tive acesso hoje, e envio a todos, como anexo, abre um
precedente importante para reverter dezenas de outras ações que tentam calar
jornalistas independentes de todo o país. Por esta razão, mais do que uma
vitória pessoal, considero um passo importante para a garantia de um direito
consagrado em nossa Constituição Federal.
“Livre
é a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença.” (Art. 5º, IX da CF).
Gostaria
de agradecer a Todos que se envolveram nesta defesa, em especial Luiz Carlos
Azenha e Rodrigo Vianna, parceiros de primeiríssima hora, Luis Nassif, que
generosamente republicou importantes textos com denúncias que fiz, sobretudo de
métodos de manipulação durante processos eleitorais, Paulo Henrique Amorim, por
palestrar gratuitamente em prol de nossa causa, Instituto de Mídia Independente
Barão de Itararé, na figura do incansável Altamiro Borges, Maria Frô, uma das
mais proeminentes ativistas em rede do país, Paulo Salvador, responsável pelas
articulações que nos levaram a promover importante debate em prol da
Democracia, contra os desmandos do Grupo Globo, na sub sede do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, no ano passado, Luiz Malavolta e Carlos Dornelles, por
seus testemunhos e apoio incondicional e ao advogado, doutor Vitor Cardoso, por
assumir sem ônus antecipado causa considerada perdida e revertê-la, levando-nos
à esta vitória inédita.
Não
posso deixar de fazer uma menção especial à minha companheira, Alexandra, que
nos momentos mais delicados manteve a altivez típica de quem traz consigo os
sentimentos humanos mais nobres.
E
aproveitar também para deixar um recado especial a todos os que preferem o
conforto do silêncio diante das injustiças: “Bom mesmo é ir à luta com
determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com
ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e A VIDA É MUITO para ser
insignificante.” (Charles Chaplin)
Muito
Obrigado,
Marco.
Postado no
ESCREVINHADOR no dia primeiro deste ano.
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