Senadores
divulgam manifesto contra ajuste fiscal, com apoio de dois petistas
BRASÍLIA (Reuters) - Mais de dez
senadores, incluindo dois petistas, assinaram manifesto divulgado na
quarta-feira, dia 20, contra o ajuste fiscal promovido pelo governo, justamente
no dia em que deve ser votada no Senado uma das medidas editadas para ajudar no
reequilíbrio das contas públicas.
Intitulado “Manifesto pela Mudança na
Política Econômica e Contra o Ajuste”, o documento contou com o apoio dos
senadores petistas Lindbergh
Farias (RJ) e Paulo Paim (RS), além de Cristóvam Buarque
(PDT-DF), Marcelo Crivella (PRB-RJ),
Roberto Requião (PMDB-PR) e Hélio
José (PSD-DF), todos de partidos da base do governo.
Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), e os integrantes do PSB Antonio Carlos Valadares (SE), Lídice da Mata (BA), João Capiberibe (AP), Roberto Rocha (MA), também assinam o
manifesto.
“A posição do governo, expressa pelo
Ministério da Fazenda, está concentrada exclusivamente numa política de ajuste
fiscal, que além de insuficiente, pode deteriorar ainda mais o quadro econômico
brasileiro”, diz o documento.
“O quadro de desequilíbrio fiscal das
contas do governo não é responsabilidade dos mais pobres, trabalhadores,
aposentados e pensionistas”, afirma o manifesto, que critica as duas principais
medidas provisórias editadas pelo governo no contexto de ajuste fiscal, a 664 e
a 665.
O Senado deve analisar ainda nesta
quarta a MP 665, que altera as regras de acesso a benefícios trabalhistas como
o seguro-desemprego e o abono salarial. Na próxima semana, será a vez de votar
a 664, que modifica a concessão de benefícios previdenciários como a pensão por
morte, além de flexibilizar a incidência do fator previdenciário, após a
aprovação de uma emenda na Câmara dos Deputados.
Ainda que argumente que editou as
medidas para corrigir distorções nesses benefícios, o governo estimava
economizar 18 bilhões de reais com os textos ordinais das MPs. O valor deve ser
menor, uma vez que as medidas sofreram alterações no decorrer da tramitação no
Congresso.
(Por Maria Carolina Marcello)
ATENÇÃO:
as palavras em negrito e na cor vermelha constam originariamente no texto, mas os destaques
são deste BLOGUEIRO.
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