sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Colocaram "DOENÇA" no Lula ! ! !

Lemes desmonta ‘câncer do pâncreas’ em Lula: ‘Mentira e desrespeito’


Lula

por Conceição Lemes*


No primeiro domingo deste mês, dia 4, o jornalista Leandro Mazzini publicou em sua Coluna Esplanada, noUOL: Lula fez tratamento sigiloso e controlou novo câncer.

Na reportagem, ele diz que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva:

“combateu de um ano para cá um novo câncer e o controlou”;

“foi acometido de um câncer no pâncreas, que teria sido descoberto no início de 2014”;

“passou a visitar esporadicamente o Hospital Sírio Libanês em São Paulo durante a madrugada, entrando de carro pela garagem privativa do corpo clínico para evitar boataria. E tomou um forte medicamento para evitar a quimioterapia”.


“estaria tomando diariamente um medicamento importado dos Estados Unidos, que custa cerca de R$ 30 mil por mês (ainda não comercializado no Brasil). Seria sob o princípio do Bevacizumab, com uma versão mais recente e potente do popular Avastin, que ameniza o quadro clínico e a dor, e evita a quimioterapia”. 

“Isso é mentira e um desrespeito com o ex-presidente”, rebate, indignado, José Chrispiniano, assessor de imprensa do Instituto Lula, em conversa com o Viomundo.

“Lula sempre tratou dos seus problemas de saúde com total transparência”, reforça. “Quando ele teve diagnosticado o câncer na laringe, a imprensa soube no mesmo dia. O próprio ex-presidente fez questão de que tudo fosse divulgado.”

O diagnóstico foi tornado público em 29 de outubro de 2011. Durante cinco meses, Lula submeteu-se a quimioterapia e radioterapia. Em 28 de março de 2012, os exames revelaram que o tumor havia desaparecido por completo.

Desde então, como todo paciente que teve câncer, Lula faz avaliações oncológicas de rotina no Hospital Sírio-Libanês, onde ele se tratou.

A última foi em 15 de novembro de 2014. Portanto, há 50 dias. Na ocasião, o Sírio-Libanês divulgou uma nota. E republicou-a no último domingo, 4 de janeiro de 2015, quando a reportagem de Mazzini foi veiculada. 

lula-sírio

Diante dessa nota que informa que não se detectou nada de errado com a saúde de Lula, eu pergunto:

1) Por que, apesar de há mais de um mês a assessoria de imprensa do Instituto Lula ter negado veementemente o novo câncer e de a nota do Sírio-Libanês dizer que estava tudo normal com Lula, Mazzini publicou a matéria? Lembrem-se de que ele disse que o “tumor de pâncreas teria sido descoberto no início de 2014”.

2) Ao observar que o “tumor de pâncreas teria sido descoberto no início de 2014” e que a nova doença não consta da nota do Sírio-Libanês, o jornalista deixa subentendido que a equipe médica que cuida do ex-presidente e a assessoria de imprensa do Instituto Lula estão mentindo. Não caberia aí um processo?

3) Por que as supostas “fontes” do jornalista (“um médico do Sírio, que não compõe a equipe que cuida de Lula; um diretor do PT; um assessor especial do Palácio do Planalto; e um parlamentar amigo de Lula”) “escolheram” justamente um dos tipos de câncer mais agressivos e letais? De antemão, aviso: no PT, não há a figura do diretor.

4) Quem merece mais crédito: os oito médicos envolvidos na avaliação oncológica de Lula, cujos nomes aparecem na nota do Sírio-Libanês, ou um suposto médico anônimo, que prefere não se identificar? Lembro ao doutor hipotético que ele, de cara, está infringindo o Código de Ética Médica.

5) Que mão ou mãos estão por trás dessa falsa, cruel e malévola notícia?

*Conceição Lemes é a mais premiada repórter de Saúde do Brasil.

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