O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se pronunciou sobre a execução do brasileiro, Marco Archer, ontem (17), na Indonésia. Em coletiva concedida à imprensa, o ministro Mauro Vieira destacou que a execução do brasileiro gerou uma sombra na relação bilateral entre os dois países.
“Chamar o embaixador para consultas é uma decisão que expressa uma gravidade e um momento de tensão”, declarou o ministro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
“A execução
do brasileiro cria uma sombra de dúvida, uma animosidade, uma dificuldade na
relação bilateral. O Brasil tem princípios que lhes são caros e nós fizemos um
apelo de comutação da pena porque nos parecia que, respeitando, evidentemente,
o ordenamento jurídico indonésio, acreditávamos que a clemência e a cumutação
da pena seriam as medidas esperadas”, afirmou o ministro.
Mauro Vieira
anunciou também que uma nota de repúdio formal foi entregue ao embaixador da
Indonésia no Brasil. Além disso, o embaixador brasileiro na Indonésia foi
chamado para consulta.
“Chamar o
embaixador para consultas é uma decisão que expressa uma gravidade e um momento
de tensão, de dificuldade na relação. O embaixador já recebeu a instrução e
está viajando nas próximas horas para o Brasil”, explicou.
O ministro
ainda afirmou que o Brasil usou todas as medidas possíveis para viabilizar a
clemência do réu, que infelizmente foram negadas. Archer foi condenado à morte
por tráfico de drogas por ter sido apreendido com 13 quilos de cocaína no País
asiático, em 2004.
Em nota divulgada neste sábado (17),
a presidenta Dilma Rousseff também lamentou a execução do brasileiro e dirigiu
uma mensagem de conforto à família de Archer. Para a presidenta, a pena de
morte é um instituto que não só fere o preceito constitucional do Brasil, como
que é também contrário à índole e aos valores morais do povo brasileiro.
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