quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Filhos, eternas nossas crianças!

A doçura da criança
por Alberto Rostand Lanverly *

Dias atrás, a beira mar, soltando “pipa” com Arthur “meu neto”, vendo-o feliz e alegre com a “novidade”, fiquei encantado ao verificar, que ao tempo em que ele segurava a “linha”, movimentando uma das mãos com rapidez frenética, também olhava o pássaro que voava bem perto de seu “brinquedo”, e tentando imitar o seu “cantarolar”, parecia desligar-se da realidade do cotidiano, entregando-se inteiramente, a um mundo de fantasias.
Admirando-o, pude entender que a “criança” é como um soberano, que impõe ao “seu universo” suas ideias, seus sentimentos e sonhos, devido à pureza que ostenta no coração.

Muito se fala, que a criança representa o futuro do planeta, contudo no presente, o que ela mais anseia, é por atenção e carinho daqueles que experimentam do seu convívio, em um mundo onde a maldade e o egoísmo, não somente dita normas, mas também estabelece dogmas.

Apesar de possuir, personalidade própria, o “pequeno ser do amanhã”, busca naqueles que o cercam, mais do que palavras, mas sim exemplos, Mas do que criticas, mas sim “modelos”, que possam ser seguidos de forma plena, transparente e sincera.

A criança diferencia-se do adulto, porque ela vive em permanente estado de felicidade, considerando “muito”, o “pouco” que recebe, divertindo-se com a mesma intensidade, quer seja chutando uma “bola grifada pelas grandes marcas” ou “manufaturada em molambos” amarrados uns aos outros. O que importa é que ao desferir um chute “aqui e outro ali” o seu “gargalhar”, mistura-se tanto com as cores do “arco íris”, quanto com a leveza das nuvens, estabelecendo a certeza, de que pode existir “bondade no mundo”.

A criança, sempre haverá de crescer, brincando e aprendendo suavemente, desde que tenha no adulto ao seu lado, a representação de uma “mão amiga”, que tal qual a “estrela guia”, possui a capacidade de apontar, além do “norte a ser seguido”, também, as “ruas e ruelas”, que, em futuro próximo, já em “carreira solo”, haverá de percorrer, na luta pelo sucesso.

E aí, lá na frente, quando “ser criança”, não mais passará de um sonho distante, quando empinar “pipas” nas praias e pradarias do mundo, será uma atividade “armazenada no baú das recordações”, e quando, de repente “Vovô Rock” não mais estará ao seu lado, com certeza Arthur “meu neto”, possuirá o discernimento de nunca esquecer, que sempre caminhou “sob o brilho do astro rei”, sendo orientado, para entender que da mesma forma, que o rio caudaloso nasce despretensioso, a árvore imponente começa na casca da semente, a construção fantástica tem inicio no esboço singelo, o livro precioso forma-se letra a letra e a sinfonia se compõe nota a nota, assim também, a vida de um homem, tem no inicio infantil, o seu fundamento, base que sustenta, seu projeto de vida e sua obra.

Como o ser de agora, resulta das atividades do passado, a sabedoria da criança é o insumo de um futuro homem feliz. Beijando Arthur “meu neto” parabenizo todas as crianças do mundo.












              

  *Engenheiro, professor da UFAL e 
        membro da AML e do IHGAL
(em Maceió, capital do estado de Alagoas-BRASIL)
 

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