Povo com Lula: militância em peso se reúne em Fórum
onde ex-presidente iria depor.
Cerca de mil pessoas de
movimentos sociais estiveram reunidas em frente ao Fórum Criminal da Barra
Funda; deputados, vereadores e lideranças do PT também deram seu apoio
Agência PT de
Notícias
Mesmo
com a suspensão do depoimento de Lula
no Ministério Público, cerca de mil manifestantes solidários ao
ex-presidente se reuniram na porta do Fórum Criminal da Barra Funda na manhã de
hoje. Na noite da terça-feira, 16, o Conselho Nacional do Ministério Público
(CNMP) acatou o pedido contido em representação do deputado Paulo Teixeira
(PT-SP), que acusa o promotor de ter extrapolado suas prerrogativas funcionais
e suspendeu liminarmente o depoimento. Mesmo assim, militantes de movimentos sociais
de todo o Brasil compareceram ao ato. Um pequeno grupo de antipetistas
também esteve em frente ao Fórum. Os dois grupos, separados por grades
colocadas pela Polícia Militar, trocaram provocações e ao menos um
militante petista ficou ferido. Presentes afirmaram que a oposição teria
jogado pedras contra eles.
“Eu
estou aqui para defender o interesse do povo. A elite brasileira não aceita que
setores das camadas mais pobres tenham tido alguma melhoria, ainda que pequena.
O que está em jogo é a luta de classes”, afirma Julia Nogueira, uma das
manifestantes, filiada ao PT e da executiva nacional da CUT.
Membros
da Frente Brasil Popular de São Paulo, CUT, MST, PT, PCO, PC do B, diversos
movimentos de moradia da cidade de São Paulo, do movimento negro, entre outros,
compareceram ao ato. Também estava presente Emídio Souza, presidente do partido
em São Paulo, o vereador Paulo Fiorilo, de São Paulo, e a vereadora Amelia
Naomi, de São José dos Campos. Além disso, uma comitiva de 30 deputados
federais do partido veio em caravana desde Brasília e realizaram ato de apoio
ao ex-presidente no Instituto Lula.
Os deputados federais Wadih
Damous, Paulão do PT de Alagoas, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, autor do pedido que suspendeu o
depoimento de Lula, também compareceram à
manifestação.
Teixeira
afirmou que existem abusos no processo conduzido pelo promotor de justiça.
“Tanto no pré-julgamento que fez do presidente antes de ouvi-lo, que demonstra
motivação política, quanto no fato de não ter distribuído a denúncia”.
Paulo
Fiorilo afirma que ano passado, o confronto se deu pelas várias tentativas de
impeachment à presidente Dilma Rousseff. Neste ano, o cerco é ao presidente
Lula. “Vamos continuar saindo na rua até eles entenderem que esse não é o
caminho da democracia”, afirma o vereador.
Já
a vereadora Amélia Naomi afirmou que é necessário organizar os movimentos
sociais de todo o Brasil para discutir “o golpe que estão fazendo contra a
maior liderança do país, que é o ex-presidente Lula”. Cesar Caputo, do grupo de
Advogados pela democracia, justiça e cidadania, afirma que o promotor cometeu
abusos e que o que ocorreu foi uma “usurpação do direito de defesa e do devido
processo legal do Estado Democrático de Direito”.
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