Letra da música ‘coração tranquilo’
"Tudo é uma questão
de manter
a mente quieta
a espinha ereta
e o coração
tranquilo"
música gravada no Long Play ‘Respire Fundo’ capa abaixo
Ano de 2005
Walter Rosciano Franco nasceu em 06 de janeiro de 1945 na capital paulista, São Paulo. Franco já foi regravado por artistas
como Leila
Pinheiro, Oswaldo
Montenegro e Chico
Buarque, além de bandas de rock como Ira!, Camisa
de Vênus, Pato Fu e Titãs.
Franco é atualmente vice-presidente da Abramus - Associação Brasileira de
Música e Artes, sociedade de recolhimento de direitos autorais filiada ao ECAD.
O texto abaixo foi escrito no ano de 2000 por Augusto Luís Browne de Campos. É poeta, ensaísta, crítico de
literatura e música e tradutor brasileiro, um dos criadores do movimento literário
denominado Poesia Concreta, onde a poesia ganhava nova forma poética baseada na
desintegração total do verso tradicional, uma reação contra a lírica discursiva
e frequentemente retórica da geração de 1945.
"Cabeça"
e "Me Deixe Mudo" -- a explosão da letra em estilhaços de poesia e a
sua implosão nos ecos do silêncio -- composições que, como eu disse em meu
"Balanço", racharam a cabeça da música popular, estão no primeiro LP
de Walter, o disco branco "Ou Não",
gravado em fins de 1972 e editado no ano seguinte. De bate-pronto, Caetano
respondia com "Araçá Azul", a sua aventura mais radical, e essa foi
talvez a mais bela conversa de guerrilhas jamais travada no âmbito da nossa
música popular de invenção, bombas cruzadas de Bahia e Sampa, poema e samba.
"Revolver" (1975) continuou a antitradição de "Ou Não" com as explosões/implosões dos seus mantras, do primal "feito gente" ao quase mudo "e(ter)na(mente)". Walter seguiu adiante com "Respire Fundo" (1978), "Vela Aberta" (1980) e "Walter Franco" (1982). Mas, minado pela mediocridade da mídia, seu caminhar se fez mais secreto. Seus novos riscos quase não foram vistos pelo público. Um dia ele escreveu o poema certo: "o ab(surdo) não h(ouve)". Oucam Walter Franco.
"Revolver" (1975) continuou a antitradição de "Ou Não" com as explosões/implosões dos seus mantras, do primal "feito gente" ao quase mudo "e(ter)na(mente)". Walter seguiu adiante com "Respire Fundo" (1978), "Vela Aberta" (1980) e "Walter Franco" (1982). Mas, minado pela mediocridade da mídia, seu caminhar se fez mais secreto. Seus novos riscos quase não foram vistos pelo público. Um dia ele escreveu o poema certo: "o ab(surdo) não h(ouve)". Oucam Walter Franco.
Em 2000, foi realizado o belo documentário "Walter Franco Muito Tudo" de Bel Bechara e Sandro Serpa, que ganhou diversos festivais. Com depoimentos do poeta Augusto de Campos, Rogério Duprat, Júlio Medaglia, Jorge Mautner, Nelson Jacobina, Jards Macalé, Lívio Tragtenberg, Leila Pinheiro e Itamar Assumpção.
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