domingo, 13 de setembro de 2015

Poema de Salgado Maranhão ! ! !

“A vida, desde pequeno, sempre cavei no meu chão
Da raiz da planta ao fruto, fazendo calos na mão.
Eu aprendi matemática descaroçando algodão.
Carcarás, aboios e lendas são minha história e destino.
Tudo que a vida me deu, é tudo que hoje ensino.
Na quebrada do tambor, eu sou velho e sou menino.
Quem olha na minha cara, já sabe de onde eu vim.
Pela moldura do rosto e a pele de amendoim.
Só não conhece os verões, quem eu trago dentro de mim...”



José Salgado Santos, o conhecido Salgado Maranhão, é poeta, letrista e jornalista. Nasceu no povoado de Cana Brava das Moças, na cidade de Caxias, interior do Maranhão, em 13 de novembro de 1953, onde morou trabalhando na roça. Aos 15 anos, ainda adolescente, mudou-se com os irmãos e a mãe para Teresina, Piauí, onde foi alfabetizado. Escreveu artigos sobre música para um jornal local e conheceu Torquato Neto, que o incentivou a ir para o Rio de Janeiro, o que fez no ano de 1972. Torquato Neto também sugeriu que criasse um pseudônimo, segundo este, o nome José Salgado Santos parecia nome de arquivista e não de poeta. Estudou Comunicação na Pontifícia Universidade Católica (PUC). Terapeuta corporal, foi professor de tai chi chuan e mestre em shiatsu. A partir de 1976 colaborou em várias publicações com artigos e poemas, como a revista "Música do Planeta Terra", a convite de Júlio Barroso, então editor da revista, na qual também colaboravam Sergio Natureza, Caetano Veloso, Ronaldo Bastos, Jorge Mautner e Jorge Salomão, entre outros. Com seu livro "Blood of the Sun", Salgado esteve nos cinquenta estados dos Estados Unidos, ao lado do tradutor Levitin, para falar de sua poesia em universidades norte-americanas.

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