O Estado de São Paulo merece ser governado por um governador reacionário como esse Geraldo Alckmin ?
São Paulo é o coração do Brasil. É a
cidade dos movimentos de saúde mental, a cidade que abriga brasileiros e
estrangeiros de todos os lugares, a cidade de movimentos e organizações sociais
relevantes, de grupos de opiniões modernas (as vezes com controvérsias), o
estado que abriga as melhores consultorias e universidades do País. Institutos
de pesquisa, as maiores e melhores empresas, a melhor estrutura de cidades
médias, as mais amplas estruturas sindicais, desde a Fiesp-Ciesp, Fecomércio à
CUT.
Se o potencial do estado de São Paulo
estivesse sob o leme de um Sérgio Cabral ou de um Fernando Haddad, mudar-se-ia
o país a partir dele.
Mas Alckmin pertence a um outro mundo
paulista, provinciano, desinformado, atrasado. É filho direto da ignorância, da
corrupção e do preconceito. Não se trata apenas de um conservador: seu caso é
de ignorância crassa sobre avanços sociais mínimos.
Alckmin não entendeu que o movimento
de recuperação da Cracolândia tornou-se suprapartidário; que os gestos de paz
trouxeram à tona o melhor do paulistano: a generosidade que abriga brasileiros
de todos os lugares, sobrepondo-se ao preconceito ainda existente. O pacto
entre prefeitura e governo do Estado enobrecia a ambos.
Ontem, quando se anunciou que ele
receberia as lideranças do Movimento dos Sem Teto, julgou-se que uma réstia de
informação havia penetrado em sua couraça. Poderia emergir dali um novo perfil
de governante, aquele que finalmente acordou para os novos tempos.
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