sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O “novo rumo” subserviente de FHC !!!



Por José Reinaldo Carvalho, no sítio Vermelho:

Na luta política, nada como enfrentar um adversário que fala, fala, fala e, no caso de um tucano, literalmente abre o bico. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso presta-nos este favor quando vem a público em seus artigos publicados nos jornalões do PIG defender seus pontos de vista.

Cumpre o seu papel de principal ideólogo do neoliberalismo e neoconservadorismo no País, sendo a liderança que exerce autoridade de fato no PSDB, partido em franca decadência e hoje carente de líderes e candidatos viáveis. Mas o “mérito” de FHC fica por aí, haja vista que suas opiniões e decisões revelam-se não só falsas, como resultam em rotundo fracasso. Basta exemplificar com a decisão que tomou de, com um dedaço, indicar Aécio Neves para se candidatar à Presidência da República em 2014. Foi outro favor que prestou à coalizão progressista liderada pela presidenta Dilma, cujas chances de reeleição residem nos seus próprios méritos e na fraqueza dos adversários.

A última tirada de FHC foi um tijolaço publicado no jornal O Globo no último domingo (5). O sociólogo, cujo governo foi caracterizado como aquele que exerceu a diplomacia de pés descalços pelo gesto de subserviência de seu chanceler ao submeter-se a duvidosas normas de segurança num aeroporto dos Estados Unidos, resolveu deitar falação sobre a política externa vigente, que para ele “precisa rever seu foco”. O ex-presidente acha necessário que o Brasil “estreite relações com os Estados Unidos e a Europa” e se separe do “bolivarianismo”, condição para que o país retome seu papel de liderança na América Latina.

Com ares de especialista em geopolítica, FHC diz que o governo “colocou suas fichas no ‘declínio do Ocidente’”. Desdenhando a inteligência do leitor, interpreta a tese do declínio do imperialismo estadunidense e europeu com uma nota forçada, para encobrir o seu fascínio com o poder dos centros do imperialismo no mundo. “Da crise surgiria uma nova situação de poder na qual os Brics, o mundo árabe e o que pudesse se assemelhar ao ex-terceiro mundo teriam papel de destaque. A Europa, abatida, faria contraponto aos Estados Unidos minguantes. Não é o que está acontecendo: os americanos saíram à frente, depois de umas quantas estripulias para salvar seu sistema financeiro e afogar o mundo em dólares, e deram uma arrancada forte na produção de energia barata”. Não foi isto o que dissemos, mas que o imperialismo estadunidense e europeu está vivendo um declínio histórico. Não fizemos prognósticos ingênuos. Apenas apostamos na objetividade do desenvolvimento histórico e na capacidade subjetiva das forças revolucionárias para organizar a luta anti-imperialista.

FHC não quer aceitar o óbvio, reage qual o velho do Restelo diante da força dos fatos. Despertaram-se forças irreversíveis no mundo contemporâneo que atuam no sentido contrário ao poder hegemônico estadunidense e europeu, engolfado em profunda crise sistêmica e atingido por insanáveis contradições. As expectativas do exercício do poder unipolar pelos Estados Unidos após o final da Guerra Fria não se confirmaram. Foi-se o tempo em que um arrogante Clinton dizia que a hegemonia econômica estadunidense recuperada com a globalização – que FHC glorificou como um novo renascimento – demonstrava a falência das teorias de Marx, arrancando aplausos até entre acadêmicos “de esquerda”.

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