Como ministro do evangelho, fui convidado a expor minhas ideias sobre o projeto que tramita no Congresso Nacional intitulado de “cura gay”. Primeiro, quero declarar que não concordo com a maneira como se trata o assunto igreja e homossexualismo no Brasil. Visto que Jesus viveu três anos de vida, nos conta a história, em meio a uma época de prostituição, homossexualidade e orgias no império romano, e o mesmo nunca disse sequer uma palavra, apenas pregava
o evangelho, e quem quisesse mudar o caminho, mudar o comportamento, o seguia. Quem não, seguia a sua vida com a liberdade que o próprio Deus nos declara quando ele diz que teremos em nossas vidas dois caminhos, e cabe a nós escolher qual caminho seguir.
Sobre a cura gay, creio que nós, nem como evangélicos, nem como parlamentares, nem como presidente de uma comissão de direitos humanos, temos o direito de desfazer uma decisão da OMS (Organização Mundial de Saúde), que em 17 de maio de 1990, retirou o sufixo “ismo”, que significa doença, deixando apenas “homossexual”. Se cientistas, médicos, psiquiatras, o Conselho de Psicologia de uma organização mundial estuda e nos prova que homossexualidade não é doença, não serei eu que vou desfazer uma pesquisa feita por uma entidade mundial.
Em 1985, o Conselho Federal de Psicologia também deixou de considerar a homossexualidade uma doença. Por isso, me atenho ao referido assunto como um comportamento. Comportamento que o cidadão tem o direito de querer mudar a hora que assim o quiser, ou seguir com sua vida, pois vivemos em um país livre.
A mim, como pastor, me cabe amar os homossexuais como qualquer outra pessoa, e pregar que Deus possa ajudá-los a mudar de caminho ou de comportamento, se assim desejem, pois a própria palavra de Deus não é autoritária, e sim democrática quando diz “coloco diante de vós dois caminhos, e vós escolheis a que caminho quereis seguir”. Portanto, eu não me refiro a um homossexual como uma pessoa doente e estarei sempre aberto a ajudar qualquer pessoa em qualquer momento difícil da sua vida.
Há 40 anos pregando o evangelho, sempre fui ensinado e sempre ensinei que ainda que fale a língua dos anjos, se não tiver amor de nada me adianta. Creio que é hora de nós, evangélicos, orarmos por esta nação e por todas as pessoas que são filhas da mesma, pois o próprio Cristo não fez acepção de pessoas quando ministrou a Maria Madalena que quis mudar a sua vida quando Deus mudou a vida de Raab, uma prostituta que quis mudar de caminho. Na força, na guerra, no grito, como estão querendo fazer, nada vai acontecer a não ser acirrar uma briga entre igrejas e homossexuais, a qual eu não vejo um motivo para tal embate. O que temos que fazer é orar, rezar para que o povo viva em paz e cada um escolha o caminho que achar melhor para seguir, lembrando que Deus ama todos.
Torço para que o Congresso Nacional se debruce sobre questões que realmente são necessárias de uma resolução para o nosso país e que deixem cada um viver a sua vida livremente.
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