A direita tenta seu primeiro golpe de Estado
Do Cafezinho - postado este mês, dia catorze
Uma tentativa concreta de golpe de Estado, finalmente! O primeiro contra o segundo mandato de Dilma.
A política brasileira já estava ficando enfadonha!
As pessoas devem entender
que golpes de Estado são sempre assim: vem de dentro.
Explora-se as contradições de um governo, fomenta-se a insatisfação entre grupos que possuem autonomia funcional (como exército, judiciário, MP e PF), sem ligação com o povo, sem voto, mas detêm poder de fogo, dá-se-lhes uma cobertura midiática favorável, um verniz de legalidade, e pronto!
Temos uma embalagem perfeita para derrubar um governo legitimamente eleito.
Explora-se as contradições de um governo, fomenta-se a insatisfação entre grupos que possuem autonomia funcional (como exército, judiciário, MP e PF), sem ligação com o povo, sem voto, mas detêm poder de fogo, dá-se-lhes uma cobertura midiática favorável, um verniz de legalidade, e pronto!
Temos uma embalagem perfeita para derrubar um governo legitimamente eleito.
Por uma linda
coincidência, tudo acontece no dia seguinte em que se descobre que os policiais
federais que cuidavam da operação Lava-Jato faziam estardalhaço, em suas redes
sociais, com informações sigilosas, espalhando ofensas contra o governo e dando
loas a Aécio Neves, o candidato da oposição.
Claro, tiveram que
adiantar o ataque! Ou então, o que também é plausível, fazia parte do plano
levar adiante essas ações na véspera do dia 15 de novembro, quando a direita
quer botar mais golpistas na rua.
O mesmo setor da PF, sob
orientação dos mesmos promotores do Ministério Público e da mesma Justiça,
desencadeiam uma operação espetáculo, com uma cobertura intensa da mídia, para
prender figuras graúdas de empreiteiras que fizeram negócios com a Petrobrás,
além de um ex-diretor da estatal, Renato Duque.
Não se fala mais de nenhum
outro partido, deixando claro que a operação de hoje, midiática,
sensacionalista, pode ser o primeiro grande ataque ao governo desencadeado a
partir da “República do Galeão” do Paraná.
O núcleo de procuradores,
agentes da PF, o juiz Sério Moro, o senador Alvaro Dias, além, é claro, do
cartel midiático, não parece interessado numa investigação isenta e eficiente
sobre os desvios na Petrobrás.
O objetivo é derrubar o
governo.
A prisão espetaculosa de
diretores de empreiteiras vai nesse sentido.
Os mesmos procuradores e
agentes da PF que se posicionam com tanta agressividade contra o PT irão
interrogá-los.
O juiz Sergio Moro irá oferecer-lhes
delação premiada.
A mídia nem precisa falar
nada. Todos sabem que a única maneira de escapar das malhas da fúria midiática
é acusando o PT.
Resultado: todo mundo vai
acusar o PT.
Não haverá necessidade de
provas, além de declarações. Isso a imprensa já deixou claro. Ela se
encarregará de fazer investigações, julgar, condenar e ainda vigiar as
condições carcerárias.
A mídia brasileira aceita o papel com a volúpia de sempre: ser policial, juiz e carcereiro.
Esta é a razão pela qual a oposição quer tanto Eduardo Cunha na presidência da Câmara.
O plano é pedir o impeachment.
A mídia brasileira aceita o papel com a volúpia de sempre: ser policial, juiz e carcereiro.
Esta é a razão pela qual a oposição quer tanto Eduardo Cunha na presidência da Câmara.
O plano é pedir o impeachment.
Conseguindo ou não, ao
menos paralisam a máquina pública, e atrasam as grandes obras, para que não
possam ser inauguradas por Dilma.
Ou a derrubam antes disso.
Enquanto isso, a imprensa
cita a oposição para dizer que a etapa seguinte da Lava-Jato será a prisão de
políticos.
Ora, como eles sabem?
Não há mais sequer o
cuidado de esconder a relação orgânica estabelecida entre políticos de oposição
do Paraná, como o senador tucano Alvaro Dias, e o deputado federal Rubens
Bueno, do PPS, e a “República do Galeão”, ou “República do Paraná”.
Na CBN, os internautas
avisam que Merval Pereira age como um sargentão sublevado em êxtase ao ver as
tropas rebeldes nas ruas. Fala em “fim do governo” e outras expressões bem
democráticas.
Na imprensa, os agentes da PF aparecem falando em “juízo final”.
Na imprensa, os agentes da PF aparecem falando em “juízo final”.
O grande jogo já começou.
A direita lançou a sua primeira cartada importante.
Claro que é preciso
investigar os esquemas de corrupção na Petrobrás.
Transformar tudo, porém,
num espetáculo político, comprometerá a isenção das investigações.
Pretender transformar um
espetáculo num golpe de Estado, por sua vez, é um crime.
A direita não conseguiu
vencer nas urnas, então agora vai apelar para o que sempre fez: golpe.
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