Caríssimos, este blog (OLHOS DO SERTÃO) também tem objetivo de resgatar a
história de nossos grandes brasileiros. Estes que através de suas convicções e
suas leituras de mundo deixaram marcas profundas nesta nação.

A ALMA DA FOME É A POLÍTICA - Herbert de Sousa – Betinho
http://www.aids.gov.br/betinho/frases.htm
Uma boa parte das pessoas tende a achar que não podem fazer nada. Betinho ao ser entrevistado por repórter com a seguinte pergunta idiota: Betinho você acha que sua luta contra a fome ou um prato de comida vá resolver alguma coisa? Betinho com sua simplicidade e humildade de homem convicto de seu papel no mundo respondeu: não sei se vou resolver o problema, mas hoje tenho certeza que algumas famílias carentes vão dormir sem fome (famílias atendidas pelas suas ações de cidadania contra a fome)
Nesta linha de pensamento, a história oficial mostra o homem da elite branca dando o grito da independência, mostra a história dos heróis da elite para embrutecer o povo e as lutas do povo não aparecem. O povo está esmaecido nos escritos oficiais brasileiros.
O povo na história oficial aparece como coitados e não com um povo que luta. Estamos há séculos ideologicamente dominados com as verdades estabelecidas e pessoas da importância do Betinho não são lembradas.
Betinho fazia de sua utopia uma batalha diária pela vida. Ele dizia que a alma da fome é a política e a miséria deveria estar nos debates. Só a participação cidadã seria capaz de mudar este país.
Ele dizia com sentimento de indignação que a miséria é imoral, que a pobreza é imoral e deveríamos praticar a ética da solidariedade e um novo mundo seria possível. Entendo que este novo só pode ser concretizado pela participação quando Betinho diz que a democracia ou serve
para todos ou não serve para nada.
Fonte: BLOG OLHOS DO SERTÃO
ATENÇÃO: as palavras na cor vermelha
constam
originariamente no texto, mas os destaques são deste BLOGUEIRO.
Herbert de Souza
Betinho quem lançou a campanha contra a fome
Nascido em 03 de novembro de 1935, na cidade de Bocaiúva,
em Minas Gerais, Herbert José de Souza, popularmente conhecido como Betinho,
foi um homem de grande atuação em trabalhos sociais no Brasil.
Formado em Sociologia e Política de
Administração Pública pela Universidade de Minas Gerais, ergueu a bandeira da
transformação social, voltado para o sentido da união e da congregação.
Ajudou a formar a Ação Popular (AP),
um movimento que visava a fundação do socialismo no Brasil.
Após o golpe militar de 1964, exerceu
grande luta contra a ditadura, atuando em organizações para combater o regime
político implantado, motivo pelo qual foi exilado, indo morar em vários países
como Chile, Canadá e México. Somente em 1979 pode retornar ao Brasil.
Um de seus principais projetos foi a
criação do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), de
caráter governamental, que tem como finalidade analisar as realidades sociais,
econômicas e políticas do país.
Em 1993 fundou a Ação da Cidadania,
programa de luta pela vida e contra a miséria, combatendo a fome e o desemprego
através da democratização da terra.
Betinho era portador de hemofilia,
uma doença transmitida geneticamente, que apresenta deficiência na coagulação
do sangue, podendo causar graves hemorragias.
Em consequência à doença, Herbert de
Souza fazia transfusões de sangue constantemente, sendo acometido pela
aquisição do vírus HIV (Human Immunodeficiency Vírus), vírus da
imunodeficiência humana, causador da AIDS. Dois de seus irmãos faleceram pela
contração do HIV, o cartunista Henfil, com 43 anos; e o músico Chico Mário, com
39 anos.
Mesmo com problemas de saúde, o
sociólogo jamais deixou de exercer sua cidadania, apontada para os interesses
da população carente. Sua luta incansável caminhava rumo aos direitos humanos e
para ideais de solidariedade, a fim de tornar a sociedade mais justa.
Com uma belíssima história de vida,
de luta pelos direitos do próximo, aos 61 anos de idade seu corpo não mais
correspondia aos tratamentos da hemofilia e da AIDS. Em 09 de agosto de 1997,
Betinho faleceu, no Rio de Janeiro, tendo seu corpo cremado conforme sua
vontade.
O
Brasil perdeu um grande cidadão, um homem de bem que mudou a história do país
por seus trabalhos sociais.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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