quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Celso de Mello na marca do pênalti !!!



STF tem emoção de Copa decidida nos pênaltis

Nas últimas 48 horas, os brasileiros ligados no jogo político só ouviram uma palavra: Infringentes. Há um terror reverencial pelos infringentes. As pessoas se esbarram e, antes do “olá”, antes do “tudo bem?”, vem a indagação: “E os infringentes?” A voz é sombria. O olhar é esbugalhado. Próprio de quem ainda não havia se recuperado do placar do primeiro tempo: “Você viu? 4 a 2 para os infringentes!
Nesta quinta, a arquibancada acompanhou o segundo tempo como se assistisse a um desenho animado. Nos desenhos, o chão às vezes acaba. E os personagens caminham sobre o vazio. Só despencam quando se dão conta de que pisam o nada. A sessão foi interrompida com o placar de 5 a 5. As 11 togas atravessam o abismo. E a galera torce para que ninguém olhe para baixo.
O placar está definido. Será de 6 a 5. O último pênalti vai ser cobrado por Celso de Mello, o mais experiente do time. Antes do apito final, Joaquim Barbosa avisou que o voto do colega está pronto. Mas, por falta de tempo, só será lido na próxima quarta. Resta saber que papel Celso de Mello escolheu para si: Romário ou Baggio?
Até aqui, Celso de Mello teve comportamento de artilheiro. É temido pelos malfeitores. Marcar um pênalti, no seu caso, seria uma obrigação. Sabendo-se que não há ninguém sob a trave, a responsabilidade aumenta. Um goleador que perde um gol feito é um fiasco. O que perde um pênalti sem goleiro é visto como traidor. Arrisca-se a ouvir ofensas na rua.
A bola está na marca. Celso de Mello pode colocá-la abaixo do travessão ou dar um bico, isolando-a. Por mal dos pecados, o espaço acima da trave é muito maior. Para complicar, o decano do time, a toga mais experiente da grande área, nutre pelos infringentes um respeito inaudito. Não é negligenciável a hipótese de Celso de Melloempurrar a partida para um insondável e interminável terceiro tempo.
O provável prolongamento de um jogo que todos imaginavam jogado terá efeitos devastadores sobre o ânimo das arquibancadas. Embora Celso de Mello já tenha sinalizado a vitória dos infringentes, a coreografia só termina na semana que vem. O time do STF caminhará sobre o vazio nos próximos seis dias. Na quarta, Celso de Mello deve olhar para baixo. Vem aí o abismo dos infringentes.

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