Seu avô Avelino era
mestre dos mestres dos sanfoneiros da região e faleceu aos 101 anos, tendo
transmitido sua maestria ao filho Jany. Viveu tempos na fazenda de seu primo, o
compositor Elomar.
Aprendeu a cantar
aboiando com os vaqueiros. O encontro com Elomar foi decisivo na sua formação
artística. Começou a tocar ainda na adolescência. Apesar de herdar do pai e do
avô o gosto pela sanfona, acabou optando pelo violão.
Em 1973, mudou-se para o Rio de Janeiro, lá vivendo por mais de dez anos. Fez vestibular e começou a faculdade de economia, mas abandonou para seguir a carreira artística. Considerado por parte da crítica uma das mais belas vozes a serviço da música sertaneja "de raiz".
Em 1973, mudou-se para o Rio de Janeiro, lá vivendo por mais de dez anos. Fez vestibular e começou a faculdade de economia, mas abandonou para seguir a carreira artística. Considerado por parte da crítica uma das mais belas vozes a serviço da música sertaneja "de raiz".
Apontado por
muitos como um aglutinador de linguagens do sertão, no ano de 1976, gravou seu
primeiro disco, pela CBS, "Acontecivento", que apresentou como
destaque as composições "Asa branca", o clássico de Luiz Gonzaga e
Humberto Teixeira, "Forró de Surubim", "Marcha-rancho" e
"Esta mata serenou", entre outras.
Em 1980,
lançou, em conjunto com o primo Elomar, Arthur Moreira Lima e outros, o disco
"Parceria “Malunga", pelo selo Marcus Pereira. Em seu disco "Qué
qui tem canário", de 1981, interpretou, entre outras, "Curvas do
Rio", "Pé de milho" e "Estampas Eucalol", esta última
de Hélio Contreras. Seu terceiro disco solo, "Mutirão da vida", em
1984, teve direção musical de Jaques Morelenbaum e acompanhamento do grupo
Cumeno cum cuentro, com Jaques Morelenbaum, no celo, Alex Madureira, na viola,
Marcelo Bernardes, no sax, clarineta e flauta, e Mingo, na percussão. Contou ainda
com a participação especial de Geraldo Azevedo, Hélio Contreras, Marquinhos do
Acordeom, Marcos Amma e Paula Martins.
Destacaram-se
no disco, entre outras, "Fábula ferida", de Jatobá, "O menino e
os carneiros", de Geraldo Azevedo e Carlos Fernando, "Ele disse",
de Edgar Ferreira, antigo sucesso de Jackson do Pandeiro sobre a carta
testamento de Getúlio Vargas, "Violêro", de Elomar, e
"Alvoroço", dele e Capinam. O disco trazia sofisticação instrumental
e surpresas rítmicas. No mesmo ano, apresentou show no Teatro Castro Alves, em
Salvador, acompanhado de Elomar, Geraldo Azevedo e Vital Farias. Do show nasceu
o disco ao vivo "Cantoria 1", lançado pela Kuarup, no qual
interpretou "Desafio do auto da catingueira", de Elomar, acompanhado
do próprio Elomar, "Novena", de Geraldo Azevedo e Marcus Vinícius,
que cantou juntamente com Geraldo e Vital, "Cantiga do boi
incantado", de Elomar, e "Kukukaya", de Cátia de França. No ano
seguinte, com o mesmo grupo, foi lançado o disco "Cantoria 2".
Em "Cantoria de festa", seu disco de 1997, interpretou o "Nós, é jeca mas é jóia", de Juraildes da Cruz, "Serra da Borborema", "Meu cariri", "Rei do sertão" e outras. Com este disco recebeu o Prêmio Sharp de Melhor Disco do Ano. No mesmo ano, apresentou as músicas desse mesmo disco em shows em São Paulo e no Paraná. Em seus trabalhos, mistura coco, baião, xaxado, xote, toada e ciranda. Procura cantar os sons de sua terra, criando uma música que se mantém longe dos modismos fonográficos, preservando a identidade da chamada "música de raiz".
Em "Cantoria de festa", seu disco de 1997, interpretou o "Nós, é jeca mas é jóia", de Juraildes da Cruz, "Serra da Borborema", "Meu cariri", "Rei do sertão" e outras. Com este disco recebeu o Prêmio Sharp de Melhor Disco do Ano. No mesmo ano, apresentou as músicas desse mesmo disco em shows em São Paulo e no Paraná. Em seus trabalhos, mistura coco, baião, xaxado, xote, toada e ciranda. Procura cantar os sons de sua terra, criando uma música que se mantém longe dos modismos fonográficos, preservando a identidade da chamada "música de raiz".
Em 1998
lançou o disco "Um abraço pra ti, pequenina", gravado com o Quinteto
da Paraíba, somente com músicas de compositores paraibanos como José Marcolino,
Cassiano, Geraldo Vandré, Chico César, Bráulio Tavares e alguns outros,
contando com as participações especiais de Vital Farias, Cátia de França e
Pedro Osmar. Em 2002, apresentou-se no Mourisco, em Botafogo, dentro do projeto
"Xodó carioca". Na ocasião, apresentou-se ao lado da filha Mariá
Porto, líder da banda Belladona. No mesmo ano lançou o CD
"Brasileirança", gravado com o Quinteto da Paraíba, no qual
interpretou, entre outas, "Pequenina", de Renato Teixeira, "Luz
dourada", de Juraildes da Cruz e o "ABC do preguiçoso (Ai d'eu
sodade)", um de seus maiores sucessos. Também no mesmo ano, apresentou-se
com Elomar, Pena Branca, Renato Teixeira e Teca Calazans no show "Cantoria
brasileira", no Teatro da UFF, em Niterói, comemorativo aos 25 anos da
gravadora Kuarup, transformado pouco tempo depois em CD.
É uma marca de Xangai fazer turnês por todo o Brasil, sozinho e, muitas vezes, acompanhado de outros artistas. Em 2004, apresentou-se com Juraildes da Cruz, no Centro Cultural Banco do Brasil, (RJ), dando o que a crítica denominou de uma verdadeira aula em treze faixas sobre a variada música sertaneja.
É uma marca de Xangai fazer turnês por todo o Brasil, sozinho e, muitas vezes, acompanhado de outros artistas. Em 2004, apresentou-se com Juraildes da Cruz, no Centro Cultural Banco do Brasil, (RJ), dando o que a crítica denominou de uma verdadeira aula em treze faixas sobre a variada música sertaneja.
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