Mídia Ninja mata Roda Viva
Roda Viva recebe o jornalista Bruno Torturra e o produtor cultural Pablo Capilé, ambos idealizadores do grupo Mídia Ninja.
Comentário de Renato Janine Ribeiro no Facebook:
Comentário de Renato Janine Ribeiro no Facebook:
Pelo que entendi, o Roda Viva foi como uma partida de futebol. O ataque ao Mídia Ninja começou tentando dizer que eram financiados pelo governo petista; depois, foram acusados de ver Lula e Dirceu; depois, de não serem imparciais. A cada questão, eles responderam muito bem. Transformaram o futebol em tourada. Deram sucessivos olês.
Diante das perguntas, ou eles desmentiam (a foto de Dirceu com Capilé foi postada por Dirceu, não pelos Ninja) ou se recusavam a responder binariamente: sim ou não; caso em que o atacante aduziria provas de que eram culpados; ora, recusaram isso. Deixaram claro que não há imparcialidade, desmentiram Conti lembrando que o PSDB demitiu Heródoto da TV Cultura porque desagradou a Serra, responderam à ombudsman da Folha que o jornal dela é parcial, sim, e que devia assumir sua parcialidade, por que não? Aí entra o "conflito de narrativas", termo pós-moderno ou wittgensteiniano para designar o que um tempo atrás seria chamado de "visões do mundo". A ideia é de que as "narrativas" entrem em conflito entre si, honestamente.
Uma convicção muito democrática que eles têm. Dificilmente mascararão o que veem. Creem realmente na liberdade de expressão.
É improvável que consigam já o que desejam. Mas quem quiser entender para onde o mundo vai, ou o que o Brasil agora tem de melhor a dizer ao mundo, veja o programa no YouTube (ou o reveja - meu caso é misto, porque comecei a ver atrasado, quando li a repercussão no FB).
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