Por Davis Sena Filho, no Blog Palavra Livre
Evo Morales em reunião na Comunidade Europeia:
ironia e cobrança de dívidas.
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No dia 2
de julho de 2013, o presidente da Bolívia, Evo Morales, voltava de reunião de
chefes de estado acontecida em Moscou, capital da Rússia. Eis que o avião
presidencial do líder boliviano teve de aterrissar em solo austríaco, em Viena,
porque governos europeus, a obedecer às ordens do governo dos Estados Unidos
impediram que o avião onde viajava Evo Morales voasse pelos céus da Itália, da
Espanha, da França e de Portugal.
A arrogância, a
prepotência, o preconceito e o autoritarismo tão comuns aos caráteres europeus em relação à
maioria das nações do mundo impediram que um líder de uma nação democrática e
independente continuasse o seu voo para atravessar o oceano Atlântico e dessa
forma chegar ao seu destino, que é a cidade de La Paz, sede do governo da
Bolívia.
O motivo
de tal desfaçatez e do total desrespeito é a desconfiança ou a suspeita desses
países de essência moral colonizadora e imperialista de que o ex-agente da CIA
e da NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA), Edward Snowden, estivesse
dentro do avião de Evo Morales, pois a Bolívia é um dos 21 países que se
dispuseram a dar abrigo ao Snowden, bem como é uma das nações da América do Sul
cujo presidente
é ideologicamente socialista.
O
ex-agente da CIA vazou informações do governo estadunidense, que deixariam os
nazistas com os cabelos em pé. Países falidos como Portugal e Espanha e que enfrentam grave
crise econômica a exemplo da Itália e da França se submeteram aos ditames e à
neurose dos EUA, país useiro e vezeiro em invadir inúmeros países em
sua sangrenta história, com o intuito de pilhar riquezas, derrubar governos e
dominar povos independentes, e, consequentemente, marcar território e assim
implantar bases militares e de espionagem para garantir os seus interesses
econômicos e geopolíticos.
Considero
afronta à comunidade internacional países falidos, colonizados e em crise financeira e moral, a
exemplo de Portugal e Espanha tratarem um mandatário legitimamente
eleito por um povo sofrido e humilde como o é o boliviano. Evo Morales foi
tratado como se ele fosse inferior, não somente no que diz respeito ao
desenvolvimento social e econômico da Bolívia, mas, sobretudo, racialmente e
politicamente, porque o mandatário boliviano é etnicamente indígena e
ideologicamente socialista.
ATENÇÃO:
as palavras em destaques e na cor vermelha são
deste BLOGUEIRO.
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