Vivemos, atualmente, numa sociedade estressada, embasada no medo, na violência, e na escassez de afeto. A luta pela sobrevivência faz com que o homem moderno projete sua vida visando um deus mesquinho como único modelo de sua ambição: o dinheiro. O homem do mundo moderno trabalha compulsivamente, além dos seus limites, desequilibrando essa máquina notável que é o organismo humano, surgindo daí o câncer, a depressão e o pânico, além das coronariopatias.
O mundo atual é muito dinâmico e até a juventude muda o seu comportamento ficando excitado pela competição. E muitas vezes saem dos seus limites acarretando prejuízos imensos para o seu futuro.
Não há tempo de parar! Não há tempo para sorrir! Tempos modernos!
Meu caro leitor, ponha um ritmo diferente em sua vida enquanto pode. E caminhe sorrindo. Para driblar as tensões que fazem da vida um desespero, o individuo tem que ter como criança, a hora do recreio, e nesse tempo procurar repouso e lazer.
No corre-corre da vida há tanto olhar desanimado! Numa cidade grande ou pequena os problemas que afligem as pessoas são inúmeros e constantes: trabalho exaustivo, contas a pagar, agressões na rua, dentro de casa, nas festas, na política, faz do homem o maior inimigo do próprio homem. Meu amigo, apenas um lembrete: ponha um ritmo diferente em seus passos. Caminhe sorrindo. O sorriso é um dos maiores presentes que Deus deu ao homem para sua expressão espiritual. Pare um pouco e veja a beleza de um pôr do sol, uma noite de luar, o sorriso feliz de uma criança. Existem muitos sorrisos: o enigmático, o céptico, o sarcástico, de zomba e muitos outros. Esses, porém, são sorrisos mesquinhos. Há momentos em que é realmente difícil você ter um sorriso nos lábios: preocupações, mágoas, incompreensão de uns, maldade de outros, a batalha da vida criando mil obstáculos na sua marcha. Mas, assim mesmo, tente.
Os chineses têm um poema muito bom:
“O homem que não sabe sorrir não deve abrir uma loja/Um sorriso não custa nada, mas cria muita coisa/Dura um só momento, mas sua lembrança perdura pela vida afora/Não se pode roubá-lo, pedir emprestado ou comprá-lo/E não tem utilidade se não for dado/Por isso, se encontrares alguém no teu caminho, cansado demais para dar um sorriso/Dá-lhes o teu”.
MILTON HÊNIO NETTO DE GOUVEIA, nascido em 06 de maio de 1937, na cidade de Maceió, no bairro do Farol, no Parque Gonçalves Lêdo, capital alagoana, onde até hoje mantem seu consultório pediátrico.
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