quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

QUE IDADE VOCÊ TEM ?

Por: » Mirian Marinho de Gusmão Canuto *  
Evite fazer esta indagação a um adulto. Deixe este questionamento para os profissionais que precisam trabalhar com este dado.

Minha saudosa mãe Carmen, muito determinada e espirituosa, estava em uma sala de espera em um consultório médico. Sentada em seu birô, a atendente a ela se dirige e pergunta em voz alta: “Que idade a senhora tem?”. Mamãe de imediato respondeu:
Eu sou da época em que era falta de educação fazer esta pergunta a uma senhora em público.

A risada tomou conta do ambiente. Ao consultar-se, o médico e ela riram bastante do ocorrido.

Um jornalista abordou este tema com uma conceituada profissional: “Por que é que as mulheres mentem acerca da idade?”. A psicóloga Cláudia Moraes contestou: “Não estou certa de que as mulheres mintam mais do que os homens”. E enfatizou: “Até no contexto clínico, já me deparei com homens que escondiam a verdadeira idade”.

Por que ocultamos nossa idade?
Vivemos numa sociedade que prioriza a juventude. Ser velho em nosso meio é sórdido.
Vivemos buscando beleza e jovialidade.

Quando criança, temos pressa em crescer. Pergunte a uma adolescente de 13 anos se ela tem 15. Ela fica eufórica. Até os 18 anos, os jovens fazem questão de enfatizar os anos e os meses.
Após os 25 ou 30 anos, a ênfase desaparece.

Muito pertinente o conceito do poeta e pensador Tyron Edwards:
“A idade não depende dos anos, mas, sim, do temperamento e da saúde. Umas pessoas já nascem velhas, outras jamais envelhecem”.

Sentir-se jovem é o desejo de todos. Desfrutar da velhice com jovialidade é sabedoria de poucos. Afinal, o tempo passa, mas não envelhecemos mentalmente: Acumulamos juventude, experiência e sabedoria.

Fato similar, também hilário, aconteceu em outro consultório médico. Minha mãe acompanhou d. Chiquinha, uma folclórica viúva aparentada nossa, ao saudoso dr. Moura Resende, ilustre oftalmologista na época.

Ao perguntar-lhe a idade, d. Chiquinha respondeu: cinquenta anos. dr. Moura ajustou os óculos e olhou-a com surpresa.

Mamãe retrucou: Chiquinha! Ela, desconfiada, corrigiu: tenho sessenta anos. Mamãe, sabendo sua idade, com ar de reprovação, exclamou: Chiquinha!
Ela completou: tenho sessenta e cinco e estamos conversados.

Em nossa família, quando notamos que alguém diminui a idade, brincamos: d. Chiquinha!

Pois é! Para esquivar-se das “d. Chiquinhas da vida”, evite perguntar a um adulto: que idade você tem?
*médica e empresária de Turismo em Alagoas  

Atenção: os detalhes em vermelho são deste BLOGUEIRO.

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