sábado, 23 de fevereiro de 2013

Presidente da CBF em maus lençóis !!

Uma nova hipótese para a morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida em outubro de 1975, na sede do Doi-Codi, em São Paulo, pode levar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, a prestar esclarecimentos na Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa daquele estado.
Marin, ex-deputado do partido que deu sustentação à ditadura durante os anos de chumbo, a Arena, e depois governador de São Paulo na vaga “biônica” deixada pelo hoje deputado Paulo Maluf (PP), em 1982, Marin fez discursos raivosos contra o estilo de jornalismo adotado em 1975, por Herzog na TV Cultura, alimentando o clima que terminou no assassinato do jornalista. Isso incrimina o mafioso da CBF.
Herzog apresentou-se à sede da Oban (Operação Bandeirantes), no bairro Paraíso, zona sul da capital paulista, para esclarecer as suspeitas que à época o envolviam com o Partido Comunista Brasileiro – PCB, e horas depois saiu morto do local. A versão até agora aceita depois de desmontada a farsa do suicídio é a de que os torturadores exageraram na dose de sevícias.
As investigações da Comissão da Verdade apontam, para uma nova hipótese: o jornalista teria sido alvo de um plano de eliminação de militantes do PCB no confronto entre duas correntes militares, uma representada pela linha dura – que gravitava em torno do comando do II Exército em São Paulo – e a outra, formada pelos setores militares que avalizavam o processo de abertura anunciado pelo então presidente general Ernesto Geisel.


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