Trabalhadores
da rede municipal de ensino entraram em estado de greve hoje para
forçar a Prefeitura de Cuiabá a conceder o reajuste salarial de
5,8%, pleiteado desde o mês de julho. Caso não haja negociação,
50 mil alunos terão as aulas suspensas a partir da sexta-feira, dia
5 de outubro, conforme foi aprovado na assembleia do Sindicato dos
Trabalhadores no Ensino Público de Cuiabá (Sintep).
João
Custódio da Silva, Presidente do Sintep, argumenta que o percentual
cobrado representa o ganho real na remuneração. Lembra que em
julho, data-base dos acordos salariais, a Secretaria Municipal de
Educação (SME) reajustou os rendimentos em 4,9%, seguindo o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação
anual.
Porém,
os trabalhadores haviam pedido um reajuste total de 10,7%. “Os 5,8%
pleiteados representam o valor que a SME deixou de incorporar ao
salário de professores, técnicos e outros funcionários da educação
municipal, representa o nosso ganho real”, afirma Custódio.
A
categoria reivindica ainda maior celeridade nos processos de
aposentadoria e concessão de licença prêmio. O presidente alega
que o processo burocrático faz com que o trâmite para conceder os
benefícios demore vários meses e, em algumas ocasiões, mais de 1
ano. Aponta que em 2012, até o momento, 101 servidores tiveram a
aposentadoria publicada. “Esse número representa cerca de 30% dos
casos que já têm direito ao benefício. Como demora muito tempo
para liberação da aposentadoria, o trabalhador passa tempo a mais
prestando serviço, quando poderia estar usufruindo do benefício”.
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