domingo, 31 de julho de 2011

Jobim sobe no telhado


Falta pouco para o ministro da Defesa, Nelson Jobim, deixar o governo. Dias atrás, ele declarou ter votado em José Serra nas últimas eleições presidenciais. No sábado, sofreu um constrangimento público, numa cerimônia oficial, ao não ter seu nome citado pela presidente Dilma Rousseff. Neste domingo, foi Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República (e homem de confiança do ex-presidente Lula) quem criticou as atitudes recentes de Jobim. Segundo Carvalho, sua declaração de voto foi “desnecessária”.
Carvalho falou com a imprensa após o segundo dia de seminário do chamado Campo Majoritário do PT – grupo que reúne as três tendências hegemônicas do partido – na capital paulista.
O ministro se negou a avaliar a situação de Jobim no governo, mas emitiu opinião ao comentar a reação de integrantes do partido. "Eu não diria que o PT ficou magoado, porque não se trata disso. Eu diria que, no contexto em que se deu, foi uma declaração desnecessária", afirmou. Carvalho ressaltou que a presidente Dilma Rousseff exigiu discrição sobre o caso. "Essa é uma questão que a presidente tomou muito pra si. Ela não tem aberto esse debate dentro do governo. Ela pediu que a gente deixasse com ela esse tema e eu vou respeitar."
Demissão
A declaração de Carvalho é importante porque sinaliza que Lula, principal avalista da permanência de Jobim no cargo, pode ter jogado a toalha, diante da insatisfação de boa parte do PT – e da própria presidente Dilma – em relação ao ministro da Defesa.
No Ministério, Jobim tem feito lobby aberto pela compra dos caças franceses pela Aeronáutica. O ministro chegou até a organizar uma viagem de parlamentares brasileiros à França, a convite da Dassault, fabricante dos aviões Rafale. Lula também tem a mesma posição, mas a presidente Dilma adiou a decisão por tempo indeterminado.

Fonte: http://mariadapenhaneles.blogspot.com/

Nenhum comentário: