sexta-feira, 15 de julho de 2011

DEMOCRACIA É ASSIM , NINGUÉM É ELEITO DITADOR DO BRASIL. E TEM MAIS , O ESTADO BRASILEIRO ESTÁ ORGANIZADO EM TRÊS PODERES. VIVA A DEMOCRACIA !


Dilma Rousseff adota a ternura no trato à base
Aliados elogiam a mudança no comportamento da presidente, que, apesar de não abrir mão do estilo durona, tem sido mais atenciosa e carinhosa com deputados e senadores

Josie Jeronimo

Leandro Kleber

Izabelle Torres

Agora ela é atenciosa, pega no braço, chama de “inho” e se despede com um “fica com Deus”. Depois da saída de Antonio Palocci e seis meses à frente do Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff tomou para si a responsabilidade da articulação política no governo. Parlamentares da base que conviveram com Dilma à época em que a petista era ministra e nos primeiros dias de mandato sentem a diferença do tratamento e reconhecem na presidente um “esforço” para estabelecer um canal mais direto de comunicação com os aliados. “Ela está tendo a consciência de que é a principal articuladora, está assumindo mais diretamente essa questão. Anteriormente, isso era mais delegado ao Palocci e ao Luiz Sérgio”, resume o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), referindo-se aos ex-ministros da Casa Civil e de Relações Institucionais.

A “nova” Dilma tem recebido elogios dos parlamentares da base, que, a fim de comparar a mudança no comportamento, recordam episódios como o que a petista deixou convidados esperando, alegando cansaço e pressa para jantar. “O Lula deixava o prato esfriando, mas nunca se recusava a falar com ninguém”, lembra um governista.

Na noite de quarta-feira, a presidente promoveu um jantar de agradecimento a parlamentares da base no Palácio da Alvorada. O líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), conta que, no lugar dos temidos slides de power point que a então ministra da Casa Civil do governo Lula costumava bombardear nas reuniões, os encontros políticos de Dilma com a base estão começando a ficar descontraídos. “Ela tem sido muito cordial, expansiva. O trato dela conosco é muito bom, foi uma reunião para cima.”

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirma que, apesar da continuidade dos governos, os estilos de Lula e de Dilma são muito diferentes e que a presidente dá sinais de que mudará a conduta que vinha adotando com o Congresso. “Acho que a presidente, agora, tem clareza de que precisa se relacionar bem com o Parlamento. Ela entendeu que tem uma parcela da articulação que só pode ser exercida por ela. Acho normal que tenha havido tensionamento nas relações, mas agora acho que as coisas estão mais claras.”

Rebeldia

Aliados narram episódios do novo comportamento da presidente como o hábito de chamar no canto parlamentares da base que tenham cometido algum gesto de rebeldia, repetindo o nome sempre no diminutivo, para dizer: “‘fulaninho’, você está com raiva de mim?”. Conhecida pelas críticas enérgicas e veementes, Dilma também está aprendendo a elogiar e a pedir ajuda. E adotou a frase: “Preciso de você no Congresso” para enredar os mais experientes integrantes da base.
 

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