segunda-feira, 2 de maio de 2016

Presidenta Dilma discursa no Dia do Trabalhador em SP !

Posted: 01 May 2016 12:20 PM PDT
A presidenta discursa para a multidão no ato em São Paulo. Foto: Paulo Pinto / Agencia PT
A presidenta discursa para a multidão no ato em São Paulo. Foto: Paulo Pinto / Agencia PT

Em discurso no Dia do Trabalhador, neste domingo (1°), a presidenta Dilma Rousseff destrinchou as principais propostas do grupo político que se aproveita do processo de impeachment no Congresso para planejar um novo governo. Dilma leu manchetes de jornais que trazem informações sobre possíveis mudanças na CLT, no Bolsa Família, no pré-sal e até no salário-mínimo.

“Meu mandato não é um mandato de uma pessoa individual, é um mandato que me foi dado por 54 milhões de pessoas, que acreditavam num projeto. Esse projeto que eles querem impor ao Brasil não é o projeto vitorioso nas urnas. Se querem esse projeto, vão às urnas em 2018, se forem eleitos, se conseguirem votos legitimamente. Mas querem chegar ao poder sem voto, numa eleição indireta sob o disfarce de impeachment, não passarão”, enfatizou.

A presidenta lembrou, por exemplo, que os jornais registraram a intenção de oposicionistas de acabarem com a obrigatoriedade, do governo federal, de gastar determinada parte do Orçamento com saúde e educação.

“Há algo extremamente grave. Apesar de todas conquistas na área de educação e saúde, eles querem acabar com a obrigatoriedade dos gastos. Sempre que vocês virem uma palavra que, às vezes, é ‘focar’, ‘revisitar’ certas políticas sociais, significa que vão acabar com elas”, disse.

Em outro exemplo, Dilma lembrou que uma das propostas de eventual novo governo, caso o impeachment seja aprovado no Senado, é acabar com a política de valorização do salário-mínimo.

“Eles falam o que vai mudar no Brasil. Eles propõem o fim da política de valorização do salário-mínimo: [são] 76% de valorização desde o governo do presidente Lula. Essa política tem de durar até 2019. Querem acabar com ela, querem acabar também com o reajuste dos aposentados”
, alertou.

Ainda se baseando em notícias veiculadas na imprensa, a presidenta citou a intenção dos adversários de reduzir o pagamento do Bolsa Família apenas para os 5% mais pobres, o que deixaria 36 milhões de pessoas de fora do programa.

“Não estamos paralisados. Eles querem pagar Bolsa Família para apenas 5% dos mais pobres do país, o que dá dez milhões de pessoas. Hoje alcançamos 46 milhões de pessoas com o benefício. Nós estamos autorizando o reajuste que vai resultar em um aumento médio de 9% para as famílias.”

A presidenta ainda explicou como querem enfraquecer a CLT, ao dar maio valor para acordos negociados entre patrões e trabalhadores, ainda que esses envolvam redução dos direitos trabalhistas estabelecidos em lei.

“Querem também transformar a CLT em letra morta. Como eles vão faze isso? Eles propõem algo que é o seguinte: o negociado pode viger sobre a lei.”
Posted: 01 May 2016 11:00 AM PDT
Dilma, ao lado de parlamentares,  no palco do ato em São Paulo em que anunciou também o aumento na licença paternidade. Foto: Roberto Parizotti/ CUT
Dilma, ao lado de parlamentares, no palco do ato em São Paulo onde anunciou também o aumento na licença paternidade. Foto: Roberto Parizotti/ CUT

A presidenta Dilma Rousseff anunciou, na tarde deste domingo (1º), quando é comemorado o Dia do Trabalhador, um pacote de reajuste de programa sociais e direitos trabalhistas. Entre as principais novidades, estão o reajuste no valor do Bolsa Família e a correção de 5% na tabela do Imposto de Renda.

“Eles gostam de falar que o governo acabou, fazem isso numa tentativa de nos paralisar. […] Mas, enquanto isso, nós estamos estamos autorizando um reajuste no Bolsa Família, que vai resultar em um aumento médio de 9% para as famílias”, explicou a presidenta.

O anúncio foi feito durante ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, onde Dilma discursou para milhares de pessoas. A presidenta lembrou que o índice de reajuste não foi inventado em cima da hora e faz parte da proposta de orçamento para 2016, enviado ao Congresso em agosto, e aprovado em seguida.

“Esta proposta foi aprovada pelo Congresso e diante do quadro atual tomamos medidas que garantem o aumento na receita deste ano e dos próximos para viabilizar este aumento. Tudo isso sem comprometer o quadro fiscal”, garantiu.

Em seguida, Dilma divulgou a medida que altera a tabela do Imposto de Renda. “Estamos propondo uma correção no Imposto de Renda, uma correção de 5%”, disse.

Entre as outras anunciadas estão a contratação de “um mínimo” de 25 mil moradias do Minha Casa Minha Vida Entidades, e o aumento do tempo de licença-paternidade para os funcionários públicos. Com isso, os homens terão 20 dias, em vez de cinco, para ficar com os filhos recém-nascidos.

“Estamos propondo a ampliação da licença-paternidade para os funcionários públicos, em vez de cinco, [vão] gozar de 20 dias. Estamos incentivando os homens funcionários públicos desse País a ajudar as mulheres”, explicou.

A presidenta também ainda falou que o governo federal vai lançar, nos próximos dias, o Plano Safra da Agriculta Familiar. E lembrou o anúncio, feito no Palácio do Planalto, de prorrogação da presença de profissionais estrangeiros do Mais Médicos no País.

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