terça-feira, 17 de maio de 2016

Direita brasileira não tem similar em países desenvolvidos !


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A questão que salta aos olhos nestes “piores três primeiros dias de um ‘governo’ na história do Brasil” é a surpresa com o fim de ministérios sociais, o desprezo pela cultura e com a “expulsão da diversidade étnica e de gênero” do Palácio. Nas duras críticas dos jornais estrangeiros – NY Times, Guardian etc. – vemos que o “comando Temer” acabou antes de começar. É visto como esdrúxulo, retrógrado, sexista e racista. Mas não deveria haver surpresa: isso é o que temos de cardápio na direita brasileira.

Nos anos 90, na França, uma campanha do governo Chirac alertava aos trabalhadores para não aceitar qualquer serviço indigno, reforçando a informação de que eles tinham o RMT – uma espécie de bolsa família de lá – como proteção. Por aqui, a lei do trabalho escravo deve ser flexibilizada no Congresso e sancionada por Temer. Nem Le Pen ou Trump ousariam tanto.

Não tem paralelo. No vídeo abaixo, Jorge Pontual, muito gaguejante e sem graça, mostra a repercussão extremamente negativa do golpe. E completa com uma história. O novo primeiro ministro canadense teria respondido assim à pergunta de um repórter sobre o motivo de ocupar metade do ministério com mulheres: “Porque estamos no século 21”.

A direita brasileira está um pouco mais atrás. No século 19.

Ou seja, a gente não é esquerda porque concorda com tudo que ela faz (aliás, não há como fazer vista grossa diante de muitas de suas práticas extremamente criticáveis). Mas é porque quando defendemos causas que nem precisariam ser causas, de tão óbvias que são, parecemos quase comunistas carbonários.



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