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Por que todo mundo ataca Eduardo Cunha e não as empresas que doaram milhões a ele?
(Este é um retrato de Eduardo Cunha)
Estamos
todos de mal com algum político atualmente, ou com vários. A direita (e parte
da esquerda) ataca Lula e Dilma. A esquerda (e parte da direita) ataca os
tucanos e Michel Temer. A maior parte de nós, creio, atacamos Eduardo Cunha, e
queremos ele fora da presidência da Câmara – embora tenha gente por aí se
aproveitando do poder de Cunha para executar o golpe em Dilma, enquantoaparentemente
o ataca.
Mas
por que miramos apenas Cunha e não as empresas que deram dinheiro, muito
dinheiro, para que ele estivesse lá? Sem elas, quem seria Cunha? Não espere que
a mídia hegemônica vá fazer isso por você, ser crítico com os doadores de
Eduardo Cunha. A velha mídia é sabuja do poder econômico, jamais vai atacar
essas empresas porque elas significam dinheiro. Não à toa, a chamada “grande”
imprensa é a favor que o financiamento eleitoral continue a ser privado e que
tudo continue como está, favorecendo que, em sua maioria,apenas homens,
brancos e ricos possam entrar para o Congresso Nacional.
Pense
bem: para que uma empresa vai doar a um político se não está pensando em
receber alguma coisa em troca? Por bondade e simpatia é que não é. Muitos
especialistas atribuem às doações privadas a origem de toda a corrupção.
Obviamente uma construtora que dá dinheiro a determinado candidato vai querer
ter prioridade na hora de fazer as grandes obras de seu governo, não é lógico?
E assim começa um círculo vicioso.
Empresa
não tem nada que doar dinheiro a político. O STF (Supremo Tribunal Federal) e a
Câmara vetaram, no ano passado, o financiamento empresarial de campanha. Os de
sempre foram contra: Gilmar Mendes, no STF, e os tucanos, peemedebistas e o
DEM, no Congresso. Coincidência: os mesmos que estão à frente do impeachment de
Dilma Rousseff. Não estranhem se Dilma cair e, por “mágica”, o financiamento
empresarial voltar.
O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha, recebeu 6,4 milhões de reais para fazer
sua campanha a deputado federal, uma das mais caras do Brasil, de acordo com o
que declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Mas quem foram as empresas
que doaram a ele? Veja abaixo a lista com as maiores doadoras de Cunha.
Boicote, critique, ataque, cobre de todas elas um posicionamento: uma empresa
que banca um político suspeito de corrupção não se torna, ela também, suspeita
de corrupção?
Não
falam tanto em privatização? Pois bem, nada de estatizar, vamos privatizar o
prejuízo de ter Eduardo Cunha à frente da Câmara e o que isso significará para
o futuro do país. Está tudo na conta dessas empresas privadas. Vamos ver se
vale a pena arcar com os custos à imagem de uma empresa ao dar dinheiro a
políticos ou se elas tomam vergonha na cara e se dedicam a seus negócios em vez
de fazer lobby.
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