Norberto Bobbio nasceu dia
18 de outubro de 1909 e faleceu dia 9 de janeiro de 2004 em Turim capital de
Piemonte, na Itália. Filho
de um médico-cirurgião, Luigi Bobbio, neto de António Bobbio, professor
primário, depois diretor escolar, católico liberal que se interessava por
filosofia e colaborava, periodicamente, nos jornais. Filósofo, político, historiador do pensamento político, escritor e senador
vitalício italiano. Defensor da democracia socialista liberal e do positivismo legal e
crítico de Marx,
do fascismo
italiano, do Bolchevismo e do primeiro-ministro Silvio
Berlusconi. Viveu durante a infância e adolescência em uma família
abastada, com criadas e motorista. Inicia-se no gosto da leitura com George Bernard Shaw, Honoré de Balzac, Stendhal,
Percy Bysshe Shelley, Benedetto
Croce, Thomas Mann e vários outros. Foi amigo de
infância de Cesare Pavese com quem conviveu e aprendeu o
inglês através da leitura de alguns clássicos. Lia, depois traduzia e
comentava. Bobbio, formado em filosofia e em direito, foi professor
universitário e jornalista - e um apaixonado pela teoria política e pelos direitos
individuais. Na Itália dos anos 1940, mergulhada na Segunda Grande Guerra
Mundial (1939-1945), Bobbio fez parte do movimento da Resistência: ligou-se a
grupos liberais e socialistas que combatiam a ditadura do fascismo. O fascismo
foi fundado por Benito Mussolini, em 1922 e se baseava na crença de
superioridade de uma "raça" sobre as demais, além de governar
autoritariamente com um regime baseado na perda das liberdades individuais e na
violência. Por suas ideias, o filósofo foi preso duas vezes, em 1942 e em 1944
- no intervalo entre as duas prisões, casou-se com Valeria Cova. O casal teve três
filhos e viveram juntos por quase 60 anos.
“Na minha família
nunca tive a impressão do conflicto de classe entre burgueses e proletários.
Fomos educados a considerar todos os homens iguais e a pensar que não há
nenhuma diferença entre quem é culto e quem não é culto, entre quem é rico e
quem não é rico." E registra: "recordei esta educação para um
estilo de vida democrático numa página de Direita e Esquerda em que confesso
ter-me sentido pouco à vontade diante do espectáculo das diferenças entre ricos
e pobres, entre quem está por cima e por debaixo na escala social, enquanto o
populismo fascista tinha em mira arregimentar os italianos dentro de uma
organização social que cristalizasse as desigualdades."
Nenhum comentário:
Postar um comentário