A tal “Coluna Estadão“, uma espécie de
cesta de lixo recém inaugurada no outrora vetusto jornal paulista, ontem, traz
uma “reportagem” de um rapaz que não se envergonha de transformar a profissão
numa imundície.
Noticia que Lula
encomendou “um banquete” para terça-feira, em Brasília.
Rabada, arroz,
feijão, carne assada, o “menu” do tal banquete.
Encomendado no
chiquérrimo restaurante que você vê aí na foto, o da Tia Zélia, na Vila
Planalto, um bairro humilde que frequentei muito em Brasília.
Era onde ficava o
“Francês”, apelido que dávamos, por ironia, um “a quilo” chamado “Sertão
e Mar”. Jeitoso, porque ficava perto dos ministérios e evitava o trânsito
infernal de Brasília, onde todo mundo quase tem de sair de carro para almoçar,
em casa ou na rua.
E barato.
Quem quiser
conhecer o “luxo” do restaurante da Tia Zélia, pode olhar aqui um álbum de fotos publicado
pelo UOL, onde ela conta que Lula era seu freguês.
O que faz um
profissional se prestar a este papel?
Duvido que alguém
tenha lhe pedido para fazer isso.
Quando eu ainda
era bem jovem, nos últimos dias do governo Brizola, quando este redivivo
Moreira Franco estava para assumir, um rapazote da Globo pediu para que eu
tirasse a foto oficial do governador da parede, para o
cinegrafista gravar.
Olhei para ele e
falei: menino, eu atendo jornalistas, não sou ator de ceninhas de novela,
viu? O cinegrafista, velho profissional respeitável, me sorriu com os olhos e
sobrancelhas.
Infelizmente há
gente que gosta de outro tipo de banquete: o das latas de lixo.
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