terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Dez de fevereiro: 35 anos de PT ! ! !


O PT nasceu para ser diferente

                                            Lula (Foto: Ricardo Stuckert/IL)

Neste último final de semana, na cidade de Belo Horizonte, capital mineira, nas comemorações dos 35 anos do PT (hoje, dia DEZ), ex-presidente Lula pediu humildade e coragem ao PT. Defendeu a necessidade de mudanças na legenda, de autocrítica, e apontou a oportunidade histórica que temos pela frente: a de “elaborar um novo Manifesto do PT, capaz de traduzir nossos compromissos para os dias de hoje e para os próximos 35 anos”.

Lula destacou “humildade e coragem de cada um. Humildade para reconhecer o que é preciso mudar, e coragem para continuar mudando”. O ex-chefe do governo classificou os 35 anos de existência da legenda como “os primeiros passos de uma jornada que vai nos levar muito longe”.

Alertando que o momento não é fácil para o PT – “após ter toda a sua primeira geração de líderes abatida pelo chamado ‘mensalão’, o PT sofre agora com os estrondos da operação Lava Jato” -, o ex-presidente falou sobre a necessidade do resgate dos ideias dos anos de fundação da legenda, ”um tempo em que lutávamos por democracia”.

“O PT nasceu para mudar. O PT nasceu para ser diferente”, frisou o ex-presidente Lula, destacando que a história do partido é o seu maior patrimônio e que ninguém poderá tirá-la de nós.”

Sem titubear e abrindo o caminho para uma dura autocrítica do partido, o ex-presidente Lula afirmou não ser possível “ignorar o desgaste para avançar por uma etapa de crítica à legenda”. E a fez com maestria, o que é o seu forte: “o verdadeiro problema do PT é que ele se tornou um partido igual aos outros. Deixou de ser um partido das bases para se tornar um partido de gabinetes. Há muito mais preocupação em vencer eleições, em manter e reproduzir mandatos, do que em vitalizar o partido”.

Disse ainda que ”as direções, tanto as regionais quanto a nacional, tornaram-se burocráticas, pouco representativas da nossa base social, ou então apresentam uma representação meramente artificial de setores sociais”, e que tanto militantes quanto dirigentes “tornaram-se profissionais da política e dos governos”.

“Falando francamente, muitos de nós estão mais preocupados em manter – e se manter – nessas estruturas de poder do que em fazer a militância partidária que estava na origem do PT”. Ele alertou que é “nesse ambiente que alguns, individualmente, cometem desvios que nos envergonham diante da sociedade e perante a história do PT”.

Uma campanha terrível

O ex-presidente petista classificou a campanha eleitoral do ano passado como a mais suja, “aquela em que nossos adversários utilizaram as piores armas para tentar nos derrotar”, e na qual vimos o despertar dos “mais baixos instintos”. Tanto, que diante de sua 4ª derrota eleitoral consecutiva, a oposição e o PSDB  ”tiveram a ousadia de pedir recontagem dos votos e tentaram impugnar a prestação de contas da campanha e barrar a diplomação da presidenta”. Que absurdo.

“Desde o início da campanha eleitoral, nossos adversários manipularam uma investigação institucional, com o objetivo de criminalizar o PT. O que eles querem é paralisar o governo e desgastar o PT, a qualquer custo”, complementou o líder petista, lembrando que eles “só podem atacar o PT e o nosso governo com as armas da irracionalidade e do ódio”, porque não têm e nunca tiveram “autoridade para falar em nome da ética”. “Mas é nesse campo que tentam desesperadamente nos atingir”, chamou a atenção ao lembrar que ao contrário do que acontece nos governos do PT, nos governos da oposição ”eles jamais investigaram a fundo uma denúncia de corrupção. Varriam escândalos para debaixo do tapete e alienaram o patrimônio da Nação ‘no limite da irresponsabilidade’”.

“Eles é que tentaram destruir a Petrobras”

O ex-presidente Lula também falou sobre a Operação Lava Jato, apontando que como todas as outras iniciadas em nosso governo, ela “deve ser levada até o fim, esclarecendo os fatos, apontando os responsáveis e levando seja quem for a julgamento”. ”É isso que a sociedade espera e é isso que vem ocorrendo nos governos do PT, ao contrário do que ocorria no tempo deles”, reforçou.

Mas, ele também alertou para o fato de que “estamos assistindo a repetição de um filme com final conhecido”. “Pessoas são acusadas, por meio da imprensa, com base em vazamentos seletivos de uma investigação à qual somente alguns têm acesso. Não há contraditório, não há direito de defesa. E quando o caso chegar às instâncias finais da Justiça, o pré-julgamento já foi feito pela imprensa, os condenados já foram escolhidos e bastará apenas executar a sentença”, detalhou.

“A verdade é que foi o governo deles que tentou destruir a Petrobras. E foi o nosso governo que a resgatou. Retomou os investimentos que levaram à descoberta do Pré-Sal e fizeram da Petrobrás a maior produtora mundial de petróleo entre as empresas de capital aberto. A verdade – e isso está nos autos da investigaçãoE, mas não está nos jornais nem na TV – é que havia corrupção nos contratos que a Petrobras assinou com empresas estrangeiras no tempo deles. E isso nunca foi investigado”, alegou o ex-presidente.

ATENÇÃO: vale salientar a contribuição INDISPENSÁVEL do companheiro Zé Dirceu para com este meu artigo.

Pela primeira vez, o Estado de Alagoas elegeu um deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores. 


Paulão do PT de Alagoas

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