sábado, 12 de janeiro de 2013

Relato sensato do Reitor sobre a UNEAL !!!


Meus alunos, colegas professores, técnicos da UNEAL, sociedade alagoana. Depois de tantas discussões envolvendo a UNEAL circulando nos mais variados espaços, venho colocar, de público, algumas questões para aprofundar o debate em torno da nossa Instituição. Pois bem, há 43 anos a UNEAL existe formando profissionais sobretudo no interior de Alagoas. Ao longo desse percurso, muita água passou em baixo da ponte e resultou na Universidade que temos hoje: uma universidade aprendente, que cresce a cada dia, que já começa a se apresentar, ainda muito timidamente, é verdade, mas que já começa a se mostrar a Alagoas, isso porque, por muito tempo, ouvia-se falar pouco de nossa Instituição. Professores, gestores... Captam e gerenciam recursos federais, aumentamos, consideravelmente o número de mestres e doutores, investimos em dois anos de gestão 1 milhão e meio em política de editais de pesquisa, extensão e publicações acadêmicas, incentivamos a saída de professores para qualificação e, em tempo recorde, tramitamos processos de mudança de níveis, implementamos uma política de auxílio ao estudante e ao pesquisador, que garantiu um verdadeiro circuito intelectual para centenas de pessoas que foram a congressos com financiamentos da Universidade, fizemos algumas tentativas de aprovar nosso primeiro mestrado, estamos insistindo nessa ação, estamos executando com brilhantismo programas como PROLIND, PIBID, LIFE, PROCAMPO, PROESP, incluindo quase três mil profissionais públicos na universidade e garantindo mais de 500 incentivos como bolsas e estágios aos estudantes. Quando peguei a Universidade 2 anos atrás tínhamos apenas 45 tímidas bolsas de iniciação científica. O Xangô Rezado Alto, agora em sua segunda edição marcou território junto ao povo negro alagoano, estamos adquirindo 1 ônibus e um micro-ônibus NOVOS para fortalecer a política de mobilidade acadêmica... Ainda há muito o que fazer, temos clareza de nossos problemas, de nossas limitações, a maioria delas provocadas por falta de uma política clara de Estado para com as suas Universidades, o que ocasiona problemas sérios infra-estruturais, problemas, problemas, problemas... Isso provocou, ao longo desses anos, a construção de uma identidade crítica, combativa e plural da nossa Instituição. Somos sim a favor da luta, a favor da construção de um debate crítico, que discuta a realidade cruel de nosso Estado. A propósito, senhores, somos talvez a única instituição, dentro do próprio Estado, a discutir os nossos problemas, a discutir Alagoas. Quando questionado sobre o atual contexto de greve de nossa universidade, fui sempre enfático em afirmar que a luta levantada por nossos sindicatos é uma luta justa. Como comungar com a idéia de um servidor de uma Universidade, com o nível de competência que se espera, ganhar 700 reais por mês e dizer que essa luta é fantasiosa? Como desqualificar a luta dos professores por uma DE pra poder se dedicar integralmente a Instituição? Como dizer que tá certo um professor que tem 25 anos de casa, ganhar igual a mim que tenho quase 10, porque não há uma progressão por tempo de serviço? Como negar a a necessidade de concurso público para professor que há uma década não acontece pq o Estado sempre usa os velhos argumentos já sabidos da lógica do PSDB. Como deixar de compreender a necessidade de construção de casas de estudantes, restaurantes universitários... É por isso que os sindicatos paralisaram as atividades. A greve, apesar das seqüelas, infelizmente é um instrumento de luta, dereivindicação. Quanto a isso, os movimentos tem mais a dizer do que eu, tenho triplicado a minha dinâmica normal de trabalho e louco para que essa situação toda seja resolvida, louco que o Estado, minimamente, ofereça uma proposta aos professores e técnicos e a UNEAL volte a funcionar em sua plenitude, prestando os seus serviços ao povo trabalhador de nosso Estado. Sobre as especulações em torno do vestibular, o vestibular vai acontecer sim, num Estado onde apenas 7% de seus jovens de 18 a 25 anos estão na universidade não pode deixar de incluir mais mil e oitenta novos alagoanos na universidade. Serão mais 1080 famílias fazendo parte dessa história e engrossando o cordão na defesa dessa Instituição. Boa sorte aos feras e bom vestibular. Quando os nossos serviços forem reestalecidos, visitarei sala a sala de nossa Instituição, incentivando cada aluno e conclamando a participação de todos para a construção de uma universidade melhor, viva, comprometida socialmente e que contribui de forma efetiva para a construção de uma sociedade melhor. Nessa interlocução, falarei da Universidade, ouvirei críticas sugestões. Vou terminar dizendo a todos que acredito nesse processo, tenho dedicado a minha vida em favor desse projeto de Universidade e não tenho dúvidas do futuro próximo de sucesso que essa Universidade terá. Muito obrigado a quem conseguiu ler até o fim. Um beijo no coração.
 
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