terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Porque os RICOS odeiam o ENEM !!

 

“O Enem é um sucesso. O ódio dos conservadores ao Enem tem origem na exclusão social, no sentimento arraigado da escravidão, no elevador de serviço, no quartinho da empregada doméstica e no serviçal que limpa as ruas, os escritórios e as residências”.

Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre

Eu me formei em meados da década de 1980 em Comunicação Social, no curso de Jornalismo. Estudei na Escola de Comunicação (ECO) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Assistia às aulas no Campus da Urca, bairro de classe média alta onde se localizam o Pão de Açúcar e o Forte de São João. Um paraíso, com praias e mata atlântica e animais silvestres de pequenos portes. Entretanto, uma realidade me chamava atenção. Dos cerca de 250 alunos, apenas dois eram negros. Um homem e uma mulher, porém, filhos da classe média.

No período que cursei a faculdade conheci gente endinheirada, de classe média e média alta e até remediada — esta última era minoria. Filhos ou parentes de grandes empresários ou de pessoas famosas também frequentavam os bancos universitários da ECO. Os professores, muitos deles, eram conhecidos no meio acadêmico, cultural, político e até artístico. Poder-se-ia dizer que era a “elite” da “elite”, como gostam de falar as fuinhas sobre FHC e José Serra, que escrevem suas opiniões nos grandes jornais e revistas e vivem a tecer seus comentários nas rádios e nas televisões do empresariado proprietário dos meios de comunicação de negócios privados.

Fuinhas predadoras que gostam do sabor e do cheiro de sangue daqueles que não foram cooptados peloestablishment e muito menos se tornaram cúmplices ou aliados de seus patrões, que são os porta-vozes dos trustes nacionais e internacionais e por isso fazem um jornalismo de combate sistemático aos governos trabalhistas, bem como criam crises intermináveis como forma de minar o trabalho de reconstrução do Brasil que está a ser feito, além de tomarem para si o papel que deveria ser efetivado pela oposição partidária (PSDB, DEM e PPS), que, incompetente e fracassada, abriu mão de seu espaço político e ficou à mercê de pautas elaboradas por jornalistas e empresários que, sabidamente, não compreendem a revolução silenciosa que aconteceu no Brasil, em todos os sentidos, a partir de 2003.

Aliás, quando o povo resolveu votar no líder trabalhista Lula, o próprio deu início à revolução, sem sequer dar um tiro naqueles que durante séculos lhe negaram até o acesso à segurança alimentar, porque no Brasil sectário, ou seja, edificado para poucos, construído pelas “elites” brasileiras proprietárias dos meios de produção não havia emprego para os trabalhadores deste poderoso País da América do Sul, na verdade até então um paraíso para que os ricos e os muito ricos ganhassem muito dinheiro, especialmente por intermédio da recessão e do arrocho salarial, porque a grana dessa gente era praticamente oriunda da especulação. Por isso e por causa disso, a gritaria da imprensa golpista contra a diminuição das taxas de juros e, principalmente, contra o ministro da Economia, o trabalhista Guido Mantega, que tem apostado na produção e não na jogatina do mercado. Ponto.

Quando Lula paga a dívida externa e fomenta a economia interna, como trabalhista que é, volta-se à educação, por saber que com o crescimento exponencial do comércio, da indústria e do consumo seria necessário construir escolas técnicas, universidades, cursos de extensão, aumentar o orçamento para a educação, e, sobretudo, democratizar o ensino público, especialmente no que tange às oportunidades para que os filhos de pobres pudessem entrar nas universidades federais, até então clubes privados para as classes sociais hegemônicas, que se beneficiaram durante décadas com os vestibulares, os cursinhos e com os anos estudados em escolas primárias e secundárias privadas, consideradas de ponta por causa de excelência do ensino oferecido.

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