quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A candidatura Randolfe: para desorganizar a base de apoio e a maioria do governo !!!

 !Esse é o Zé Dirceu!
!!!  Fala Zé  !!!
zé dirceu - um espaço para discussão no brasil


Com o apoio de um grupo de senadores autodenominados independentes, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) lançou sua candidatura à presidência do Senado para a eleição do dia 1º de fevereiro próximo. Vai disputar com o líder do PMDB - e favorito -, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Randolfe já foi candidato a presidente do Senado e perdeu feio. Dois anos atrás lançou-se contra o senador José Sarney (PMDB-AP) e teve apenas oito votos, mesmo sendo a votação secreta. Agora sua candidatura foi articulada em jantares que costumavam reunir 11 dos 81 senadores - os 11 podem ser exatamente o número de votos que ele terá no próximo dia 1º.

Como vemos, o PSOL de Randolfe abandonou de fato qualquer veleidade de esquerda e se alia aos piores adversários do PT. Atuam escondidos numa retórica moralista com o único objetivo de desorganizar a base de apoio do governo e a maioria parlamentar construída no Senado pelas urnas e não pelo governo ou pela presidência ou Mesa do Senado.

A oposição perdeu nas urnas em 2010


A oposição perdeu nas urnas as eleições para o Senado da República em 2010. Foi o povo, portanto, que deu ao PT e ao PMDB o direito de indicar o candidato a presidente da Casa a ser eleito democraticamente pelos senadores e senadoras que compõem a maioria para montar uma Mesa proporcionalmente à representação dos partidos. Como manda a boa prática democrática.

Como manda a praxe reconhecida inclusive pelos chamados independentes. Eles a reconheciam quando julgavam até a semana passada que o ideal seria ter um candidato da base aliada e de preferência do PMDB (tentaram o senador Luiz Henrique - PMDB/SC, que não aceitou), já que o PMDB tem direito, por ser a maior bancada, a eleger o presidente do Senado.

O senador do PSOL anunciou que sai candidato tendo como plataforma de campanha um manifesto redigido pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que prega novas práticas na Casa para tentar resgatar sua credibilidade. Lutar por esse resgate é muito bom e necessário.

Algumas propostas são demagógicas


O texto de Cristovam, intitulado "Uma nova presidência e um novo rumo para o Senado", lista exemplos de ineficiência do Senado e critica sua falta de transparência e faz propostas mais  concretas, como lutar por pontos da reforma política, ter votações de 2ª a 6ª - hoje elas são só 3ª e 4ª - e uma reforma na consultoria jurídica da Casa para evitar episódios como a cobrança de dívida de parte do Imposto de Renda (IR) dos senadores, não recolhido pelo Senado.

Como vocês vêem, algumas das propostas são demagógicas, como esta de sessões de 2ª a 6ª. Outras, como a retomada da reforma política - ou de alguns pontos dela - são mais do que necessárias. Mas, para colocá-las em vigor, basta os partidos que representam os senadores signatários da candidatura Randolfe as colocar em prática quando participam da Mesa do Senado. Simples.

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