segunda-feira, 30 de julho de 2012

Há um canalha nas ruas alagoanas....CUIDADO !!!


O CANALHA TEM A ALCUNHA DE JÚLIO CAMPOS !

sou fera ferida...
lí o artigo de sua “mestra” e devo dizer-lhe que...
caro(ou cara) júlio, sua concordância com o artigo "uma urgente aula de história" de sua mestra Hippólito condiz com o governo que você representa tão bem. Afinal, não é à toa que a Força Nacional "precisou"(sic) vir para nosso estado para nos dá segurança, pois não temos um governador sério. Provavelmente sua ídola deve estar desempregada, pois com artigos desta magnitude poucas escolas – as sérias -, estariam disponíveis para lhe dá guarida. Se ela é sua assessora, tenha muito cuidado com as mentiras e falsidades que lhe são comum - você já deve saber disso. 
Por outro lado, quem tem como chefe maior de sua organização um capaxo do capital norte americano como esse insalubre téo vil-ela, não se pode esperar GRANDES COISAS.
Acredito que serás capaz de LÊ os artigos que estão abaixo.
Esclareço que não tenho vergonha de ser filiado/militante do Partido dos Trabalhadores e demonstrar minhas ações e decisões: o que não parece, ser o seu caso.

Essa Lúcia Hippólito é uma idiota 100 tamanho !!! é uma hipopótoma...

Os 10 ANOS DE UMA CARTA QUE MUDOU O PAÍS

Documento divulgado por Lula, em 2002, deu credibilidade ao governo petista.
Era uma vez uma carta que contou a história antes mesmo de ela acontecer.
Há pouco mais de uma década, em 22 de junho de 2002, Luiz Inácio Lula da Silva disputava o cargo de presidente da República quando divulgou um documento-compromisso que ganhou o nome de Carta ao Povo Brasileiro.

Destinada muito mais a acalmar mercados do que propriamente a seus eleitores, a carta já antecipava boa parte daquilo que o Brasil é hoje.

Depois de sua divulgação, empresários e investidores brasileiros – e principalmente estrangeiros – passaram a contribuir para o processo que deu credibilidade à campanha petista, levando Lula pela primeira vez à Presidência depois de três tentativas frustradas.
Dez anos mais tarde, um olhar sob a perspectiva histórica deixa claro que não se tratava de uma panaceia. De fato, os efeitos sob a economia começaram a ser percebidos depois de já iniciado o governo Lula – especialmente com as ações de Henrique Meirelles, recém empossado presidente do Banco Central, sobre a taxa de juros, com a intenção de manter a economia sob controle.

Num primeiro momento, o documento seria dirigido aos investidores estrangeiros. Mas, à medida em que conteúdo foi tomando forma, os líderes petistas decidiram divulgá-la internamente.

A versão para os investidores estrangeiros seria levada poucas semanas depois em uma viagem de José Dirceu, então presidente do PT, aos Estados Unidos para estabelecer uma aproximação com o partido Republicano em nome de Lula.


A Carta também deu aval para tudo o que se seguiu na campanha petista. Já sob o efeito do compromisso assumido publicamente, Lula ganhou o apoio de diversos empresários brasileiros de peso. O primeiro foi o dono da Gradiente, Eugenio Staub, para quem Lula representava a única saída viável ao Brasil.
“A Carta não representou uma ruptura. Ela expressou mudanças programáticas do PT que haviam começado em 1995. Um papel semelhante ao da escolha de José de Alencar para vice na chapa – uma continuidade do amadurecimento da política de alianças”, conta o ex-ministro José Dirceu ao Brasil Econômico.
Um dos cenários da articulação para a confecção do documento foi a sede da Brasilinvest em São Paulo. “Foi o Fidel quem sugeriu a Lula essa necessidade de estabelecer contato com o governo americano. O PT nos procurou para ajudar nesse processo”, diz Mario Garnero, presidente da Brasilinvest.
Em um almoço entre Garnero e Dirceu, costurou-se um encontro entre Lula e a então embaixadora dos EUA no Brasil, Donna Hrinak.
Na reunião, Lula e Hrinak contaram com um amuleto para estabelecer uma conexão imediata: ela carregava na bolsa um chaveiro com o bonequinho do candidato que havia sido distribuído na campanha dele ao governo paulista de 1982. “Meu filho gostava de brincar com esse boneco quando pequeno”, contou a embaixadora ao interlocutor que se apresentava naquele momento.
Poucas semanas depois, Hrinak declararia que “Lula seria a reencarnação do sonho americano”. A partir daí Garnero, seus assessores e a cúpula do PT trataram de endereçar mais de duzentas cartas a americanos que pudessem ouvir o que os petistas tinham a dizer. Entre eles, o ex-presidente George Bush.

O DIA DO TRABALHADOR

Desde que milhares de trabalhadores norte-americanos saíram às ruas de Chicago, em 1886, protestando contra as más condições de trabalho e exigindo uma jornada de oito horas contra o regime de quase servidão que os oprimia e os explorava o 1º de maio tornou-se o “Dia do Trabalhador”. Em verdade, todos os dias devem ser consagrados aos que põe em movimento a máquina do mundo, aos trabalhadores dos campos, das cidades, do comércio, das indústrias, da educação, do serviço público. Nada jamais substituirá a força do trabalho.

 No Brasil das primeiras décadas do século passado, o 1º de maio era comemorado nos sindicatos que nasciam nas grandes cidades, ainda sem nenhuma expressão, mas reclamando direitos num país onde sequer legislação trabalhista existia ou os direitos elementares dos trabalhadores eram respeitados pelo capital. Somente com o advento da revolução liberal de 1930 e a chegada de Getúlio Vargas ao poder e após derrotar o levante da elite reacionária paulista em 1932, configurou-se o quadro político-institucional que permitiu o reconhecimento dos direitos e garantias dos trabalhadores brasileiros.
Com Getúlio, a carteira assinada e a legislação trabalhista. Com Jango, o 13º salário. Com Lula, a emancipação social. Três grandes presidentes que trataram a classe trabalhadora com o respeito que ela merece.

Antes de Getúlio a massa trabalhadora era tratada com desdém e autoritarismo, num quadro desumano onde um trabalhador das fábricas, do comércio, da agricultura ou doméstico era demitido depois de décadas de trabalho e saia para a rua com as mãos abanando, vazias, sem qualquer indenização ou amparo, após labutar em regime assemelhado à escravidão. Os que criticam o saudoso Estadista, centram suas críticas na suposta inspiração de nossas leis trabalhistas na célebre ‘Carta del Lavoro’ da Itália de Mussolini. Mas omitem que o grande Ataturk, o fundador da rica e democrática Turquia de hoje, também nela se inspirou para modernizar as relações de trabalho em seu país. E no Portugal pré-Salazar, e na França democrática e em vários outros países do hemisfério norte, ela serviu de legislação trabalhista embrionária. Era, verdadeiramente, malgrado sua origem ideológica, um avanço para países onde os trabalhadores eram tratados (ou maltratados, melhor dizendo) de forma abusiva e sem o reconhecimento de qualquer direito, por mínimo que fosse.



Com o advento do 13º salário, projeto de lei do senador trabalhista Aarão Steinbruch prontamente sancionado pelo presidente João Goulart, uma nova vitória para a classe trabalhadora, com substantivo aumento de seus ganhos salariais e a reafirmação de seus direitos inalienáveis.
Durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após uma década de decadência econômica e de atraso social, quando o neoliberalismo representado pelo governo da coalizão PSDB/DEM esforçou-se por “sepultar a Era Vargas”, o que pode ser traduzido como “retirar ao máximo os direitos dos trabalhadores e entregar as riquezas nacionais ao capital especulativo”, os trabalhadores voltaram a ser respeitados e foram beneficiados pela maior mobilidade social que se tem notícia: 40 milhões de brasileiros deixaram as classes D e E em direção à classe média. Passaram a ganhar mais, consumir mais, morar melhor, construir, adquirir bens duráveis, viajar, comer e estudar como antes não tinham condições de fazer. Uma revolução social pacífica e democrática, que sepultou um Brasil injusto e excludente e deu lugar à jovem potência que emerge no século 21 diante do olhar de admiração e respeito das demais Nações.
Há muito a ser feito e o governo de Dilma Rousseff continua a obra gigantesca de Lula. Mas é imprescindível recordar o achatamento salarial a que todos foram submetidos nos governos que precederam a chegada do PT e dos partidos da base aliada ao poder. O tratamento desrespeitoso destinado aos aposentados, chamados de “vagabundos” por Fernando Henrique Cardoso. A humilhação permanente a que foram submetidos os funcionários públicos, tratados como inúteis e discriminados, quando na verdade são patrimônio nacional. Tudo isso, felizmente, mudou.

Lula recebeu um país falido e desmoralizado, onde o salário mínimo era de apenas R$ 200, deixando-o em R$ 510 ao final de seu mandato, com um aumento real de 155%, contra os pouco mais de 80% do governo tucano. Os números não mentem: os trabalhadores brasileiros ganharam um aumento real de quase o dobro se compararmos o governo Lula com o de FHC!
A chaga do desemprego foi extirpada, com o soerguimento da economia nacional, com o aumento de nossas exportações, com a absorção de mão-de-obra em todos os setores: indústria, comércio, agricultura e serviços. Há o pleno emprego em várias categorias profissionais ou em segmentos da economia. As filas de desempregados em busca de poucas vagas oferecidas é imagem cinzenta de um passado cuja volta não permitiremos.
Os trabalhadores estão mais conscientes e mais organizados, em seus sindicatos e suas centrais sindicais, ouvidos com respeito pelo governo de Dilma Rousseff e cientes de seu papel histórico na construção do grande país em que nos tornamos. A luta não tem fim, só continuidade. E ela se confunde com o futuro de um país que tanto amamos e que é fruto da força, do talento, da garra e do espírito de luta de seu valoroso povo trabalhador.



Viva o 1º de maio! Viva o trabalhador brasileiro!

O BRASIL SEM COMPLEXOS

 

O Brasil sofria do “complexo de vira-lata”, na definição dura e objetiva do presidente Lula. Seria certo conformismo diante dos infortúnios e das discriminações, além de notória baixa estima e sentimento de inferioridade diante dos países ricos e poderosos. Sofremos muito por isso, especialmente na economia e nas relações institucionais com as nações do chamado “mundo desenvolvido”. A história começou a mudar de forma radical com a escolha do primeiro presidente petista, em 2002, quando Lula subiu a rampa do Planalto e o Brasil começou a subir no conceito mundial.
Houve um notório político baiano, entreguista conhecido, que desempenhou as funções de embaixador do regime pós-64 em Washington. Tal era seu comprometimento com os “primos ricos” e seu desapreço pelo país que o sustentava em Washington, que chegou a cunhar a lastimável legenda de que “o que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil”. Ledo engano. Nem sempre o é. Ou, melhor dizendo, os interesses do Brasil e de seu povo estão acima de qualquer conveniência internacional ou de uma inaceitável subserviência aos ditames de qualquer outro país. Aliás, desde 1822, é bom que se diga!
A forma altiva com que nos comportamos diante do concerto das nações, a política externa independente e correta que tem sido conduzida pelo Itamaraty e seus excelentes diplomatas, são a prova cabal de que o Brasil sabe muito bem o que quer, o que lhe serve, qual o seu papel no novo cenário internacional e, sem qualquer sombra de dúvida, o modo competente com que assumimos o lugar que nos é destinado, por mérito e direito, dentre as grandes potências econômicas e sociais do novo século.
Em 2008 o presidente Lula vislumbrou as verdadeiras proporções da grave crise econômica norte-americana, antevendo sua pequena repercussão por essas plagas. Quando pediu aos brasileiros que continuassem a comprar, a consumir, a manter a cadeia produtiva de uma economia que havia se recuperado da década perdida sob o neoliberalismo de FHC e dos tucanos, Lula preservou nosso crescimento e deu o golpe fatal numa dependência ridícula e desmoralizante. Estava extinto o complexo de vira-lata.

Muitas foram as demonstrações efetivas de que o Brasil estava mudado e de que superáramos o subdesenvolvimento econômico e, também, o social. Ao tirar da pobreza 40 milhões de irmãos nossos, o governo de Lula e de Dilma resgatava evidente dívida social, injetava uma força extraordinária de produção e de consumo na vida econômica, além de mudar a face de um país que angariou o respeito e a admiração mundiais.
Agora, quando o Brasil é menos injusto e conquistou a sexta colocação no ranking das maiores economias do Planeta, ultrapassando a poderosa e lendária Inglaterra, estamos incomodando muito, disputando terreno, enfrentando a concorrência de países produtores de alta tecnologia, de commodities agrícolas e minerais, de indústria de ponta. O Brasil sem complexo de vira-lata é um país vencedor, olhado com interesse e admiração, respeitado nos cinco continentes. O “Made in Brazil” tornou-se um selo de qualidade, abre portas e ganha mercados, decide concorrências internacionais e deixa poderosos concorrentes à beira do caminho.
Por tudo isso, a decisão dos Estados Unidos em cancelar (mesmo que apenas por enquanto) uma encomenda do avião Super Tucano pela USAF, um campeão de vendas internacionais da nossa Embraer (a terceira maior indústria aeronáutica do mundo, perdendo só para a Boeing e a Airbus), serve para mostrar o jogo duro da concorrência e o quanto o Brasil já incomoda países muito mais ricos. E, também, nos dá oportunidade de defender nossa bandeira, o quanto somos capazes de concorrer em pé de igualdade com tradicionais e sólidas economias, bem como reagir da forma dura e correta como o governo Dilma está fazendo.

O Itamaraty, por ocasião da visita do subsecretário de Estado norte-americano, William Burns, ao Brasil, cobrou dos Estados Unidos a postura discriminatória adotada, com as constantes barreiras que são impostas aos nossos produtos mais competitivos. Não é de hoje o protecionismo norte-americano: os produtores agrícolas, de sapatos, de suco de laranja, de software, dentre outros, sabem exatamente o quanto somos penalizados no comércio bilateral. Ironia das ironias, os Estados Unidos se declaram o berço da economia de mercado e das liberdades… Nem tanto.
A presidenta Dilma Rousseff, em muito boa hora, ordenou que nossa diplomacia cobre dos EUA o tratamento equânime previsto no tratado bilateral de cooperação econômica e comercial. Em outros tempos, antes de Dilma e de Lula, o Brasil aceitava calado os disparates das grandes nações, resignando-se à papel secundário ou desimportante. Tristes tempos. Hoje, nossa soberania também se reflete no comércio internacional ativo, livre e fluído, sem protecionismos ou reservas de mercado.
Nos aeroportos do mundo os jatos desenhados por nossos projetistas, construído por nossos engenheiros e trabalhadores, disputam em pé de igualdade com aeronaves norte-americanas e europeias. Nos portos dos cinco continentes, nossa frota mercante desembarca a excelente produção “Made in Brazil”. Sistemas de informação em Washington, em Joanesburgo ou em Pequim, foram fabricados por empresas brasileiras e superam em muito seus competidores do hemisfério norte. Nos mercados mundo afora, o Brasil fala alto e ganha espaço crescente. Como no verso famoso de Assis Valente, “chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor!”.

PT, 32 anos de história e luta
Comemoro os trinta e dois anos de fundação do Partido dos Trabalhadores com um sentimento inigualável: sabendo que muito tempo faz, mas como se tivesse sido ontem. Valeu a pena! 
Ainda estão vivas na memória as imagens daqueles anos difíceis e desafiadores, onde éramos apenas fé e pura teimosia. Já cheguei a dizer que nós – os que fundamos o maior partido da história do Brasil – éramos alvo da descrença de uns, da zombaria de outros. Contamos nos dedos de uma das mãos os companheiros de então. Nos da outra, os votos conquistados no início da jornada que nos levaria ao Palácio do Planalto em 2002.
Éramos militantes de todas as regiões do país, dos mais diferentes extratos sociais, cheios de esperança e de disposição de luta. Vínhamos da luta pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, que se espalhou por todo o Brasil e forçou a abertura do regime. Mesmo tendo sido uma anistia menos generosa do que aquela que propugnávamos, ela possibilitou a abertura das prisões e a volta ao nosso convívio dos que ainda padeciam nas masmorras do regime ditatorial, dos que purgavam a tristeza do largo exílio e as saudades da pátria. Começávamos a escrever a história da redemocratização e de um Brasil definitivamente comprometido com a liberdade e os direitos humanos.
Sob a liderança firme e clarividente de Luiz Inácio Lula da Silva, saído das greves que paralisaram o ABC, o levaram à prisão, mas apressaram o fim da ditadura militar, o novo partido congregava líderes sindicais como Olívio Dutra e Jacó Bittar, que representavam o novo sindicalismo que surgia, combativo e sem pelegagem; intelectuais consagrados do porte dos geniais Paulo Freire, Antônio Cândido, Mário Pedrosa, Sérgio Buarque de Hollanda, Florestan Fernandes, dentre outros, que impregnaram na doutrina petista um inarredável compromisso com o Brasil profundo e seu povo extraordinário; os artistas se faziam representar pela figura inesquecível de minha amiga Lélia Abramo, que colocou na criação de nosso partido o mesmo talento que iluminou os palcos e as telas por toda sua longa vida; a figura majestosa de Apolônio de Carvalho, herói da guerra civil espanhola e lutador pela liberdade; líderes dos movimentos contra a carestia; lideranças e militantes das Comunidades Eclesiais de Base; sindicalistas do Movimento pela Educação e lideranças do Movimento pela Reforma Agrária, embrião do Movimento dos Sem Terra, o MST, jogando um facho de luz sobre a delicada e inadiável questão fundiária; eram ex-presos políticos, ex-exilados, lutadores sociais de grande valor pessoal, muitos deles hoje ministros do governo da presidenta Dilma Rousseff e que, também, serviram ao governo do presidente Lula.
Recordo das primeiras campanhas eleitorais, quando elegemos poucos deputados federais e estaduais, nenhum senador, nenhum governador, poucos prefeitos, mas vários vereadores. Chegávamos às cidades do interior do país e falávamos para poucas pessoas, do alto de caixotes ou empunhando megafones sem grande potência. Da meia-dúzia que nos dava atenção, oferecia um cafezinho ou abria a janela e o sorriso, vinha a certeza férrea de que a jornada seria longa, mas a missão valeria a pena. Recolhemos da generosidade de nosso povo mais simples e mais sofrido as forças que nos levaram até a vitória em 2002, com a eleição de Lula para a presidência da República.
Nas estradas poeirentas do sertão goiano, discursando em vilas e distritos perdidos em nossa vasta geografia continental, saboreava o sentimento estranho de estar levando uma palavra de esperança e solidariedade aquelas irmãs e irmãos esquecidos pelos poderes públicos e pelo opulento Brasil oficial e, ao mesmo tempo, ser olhado, junto com os companheiros petistas que me acompanhavam nas campanhas de 82, 86, 88, 89, 90, 92, 94, 96 e 98, como uma espécie de extra-terrestre, que falava verdades, mas também falava de um Brasil justo, rico, fraterno e democrático, que não podia existir para quem só conhecia um país que se traduzia em doenças, fome, analfabetismo, poeira no verão, barro no inverno e a desgraça do latifúndio improdutivo e da exploração brutal, sem horizontes de vida e sem amanhã para suas famílias.
Com o tempo e a nossa renitente decisão de continuar, mais lares nos acolhiam, mais janelas se abriam em acenos e sorrisos permeavam a passagem de nossas pretensiosas “carreatas” (meia dúzia de carros “sambados”, semi-destruídos pelas estradas de terra do interiorzão!) e mais companheiros se somavam. A cada nova eleição mais votos, nunca menos. Um prefeito aqui, outro ali, vitórias surpreendentes e um fato que se tornaria marca registrada de nossos militantes: onde o PT vencia uma eleição municipal o apoio popular à administração era sempre imenso, mercê do sucesso de nossas administrações, do “modo petista de governar”, do surgimento de um partido que – ao contrário dos outros – “subiu ao povo” e dele recolheu suas orientações e necessidades para formular suas políticas de governo.
Recordo-me de outro fato, muito interessante, que se dava tanto em Goiás como e em todas as outras regiões do país onde Lula visitava Municípios, vilas ou distritos: nossos adversários, homens ligados ao regime, da extinta Arena, do PDS, não se seguravam e arrumavam um jeito de vir até nós e cumprimentá-lo, não escondendo o respeito pelo adversário, o afeto pelo líder que eles combatiam, mas secretamente admiravam. Era outro dos signos que me davam a certeza de que estávamos no caminho certo e que Lula subiria a rampa do Planalto e entraria para a história como o grande presidente que, realmente, seria.
A trajetória do PT é uma história bonita que se confunde com o enfrentamento da ditadura pelas forças progressistas e a redemocratização do país. A importantíssima reconquista da democracia e sua consolidação, no maior período de estabilidade institucional em nossa história, de 1985 até os dias de hoje, tem a marca e o esforço do partido. Mas também somos o partido da administração pública modernizada, atenta às demandas da população e da melhoria em suas condições de vida. Somos o partido que, em uma década de governo, levou 40 milhões de brasileiros à classe média, tirando-os da miséria e resgatando-lhes a cidadania ultrajada. Somos o partido que mudou a face do Brasil, recuperou sua credibilidade internacional, reorganizou sua economia (hoje a sexta do planeta!) e lançou e consolidou as bases do país forte, competitivo e vitorioso do século 21!
Como fundador e militante, tenho imenso orgulho de ter participado da criação de um partido para o Brasil e os brasileiros, para o presente e o futuro.
Viva o PT!Viva a militânciapetista!
Todos os artigos são do companheiro e camarada
Delúbio Soares 





Um comentário:

Anônimo disse...

Discordo do blogueiro quando alega que um canalha nas ruas. Na realidade são vários canalhas puxa saco deste governador safado e ladrão que se manifestam à toda hora para desprazer do povo alagoano. Salve a imprensa alternativa. Salve a democracia brasileira. Salva o Brasil de Lula e Dilma.

Sandro Nando