domingo, 29 de abril de 2012

Redação Conversa Afiada

Sader: Lula provoca mais ódio que Vargas

    Publicado em 24/04/2012
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Saiu hoje na pág. 2 da Folha (*):

(…)


A pesquisa – clique aqui para ler “Popularidade da Dilma não inibe Golpe contra ela” – ajuda a acalmar a ansiedade e a espantar os fantasmas de Lula, que, nas conversas com aliados, não para de reclamar da imprensa, da oposição e da “elite”. Quanto mais Dilma acerta e cresce, mais ele alimenta a paranoia de que tentam “desconstruir a sua imagem”.


Lula está absolutamente convencido de que foi o melhor presidente da história da humanidade, mas os adversários (entre os quais inclui a imprensa) não reconhecem. Insistem em dizer que o mensalão existiu, que ele impôs ministros que Dilma teve de defenestrar e que seu governo foi marcado por uma alegre convivência com fichas-sujas e oligarcas.


Ele não suporta ver a sua criatura se tornando mais admirada do que o criador. Sente-se injustiçado, senão perseguido, e reage com mágoa e rancor. Seu apoio à CPI é resultado desse sentimento: “doa a quem doer”, ou seja, “doa ou não em Dilma”.


O Datafolha é um bálsamo para as dores de Lula, que agora pode vangloriar-se pela escolha de Dilma como sucessora e continuar sentindo-se o “mais”, o “melhor”, o “mais amado”, o “candidato dos sonhos”.


Bálsamo para Lula, alívio para Dilma, que é cheia de dedos com Lula, ouvindo-o, reverenciando-o, mantendo-o no pedestal.


O resto é questão de tempo: até 2014, o “volta Lula” deve lentamente deslizar para o “fica Dilma”.

Navalha
Em recente debate na Bienal do Livro – clique aqui para ler “CPI vai desmontar o ‘espetáculo’ da Globo” e aqui para ler “Costa e a visibilidade do crime organizado” – Emir Sader ofereceu uma explicação para o ódio contra Lula que habita o coração das Marine Le Pen do Brasil.
Lula desperta mais ódio do que Vargas despertou, disse Sader.
É um ódio de classe, disse Sader.
E por que ?
A elite, por meio de seus funcionários no PiG (**) e no PSDB de São Paulo, não perdoa o fracasso de Fernando Henrique e o sucesso retumbante de Lula.
Era para ser o contrário.
O cheiroso tinha que ser maior que o metalúrgico nordestino, que não tem um dedo e não fala inglês.
E não foi.
Pior: o sucessor de FHC foi Cerra, um derrotado.
O de Lula, uma vitoriosa.
(Sader foi entusiasticamente aplaudido !)


Não perca Emir Sader na Carta Maior.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oh PHA, você é um dos monstros da imprensa brasileira. Salve a imprensa alternativa em que você e o Ênio Fontes incluem-se.

Milena Rigoto